Acessibilidade / Reportar erro

Estudo dos haplótipos da doença falciforme revela a origem afrodescendente da população amapaense

Introdução:

A doença falciforme é uma doença hereditária, hematológica, de caráter multifatorial, com alta prevalência mundial; sua causa é a mutação no sexto códon do gene da globina beta (βs).

Objetivo:

Identificar os haplótipos presentes em indivíduos com doença falciforme no Amapá e relacioná-los com a origem afrodescendente.

Método:

Foram analisadas por meio de técnicas moleculares 46 amostras de sangue de indivíduos com doença falciforme de Macapá, capital do Amapá, com a finalidade de fornecer informações sobre a distribuição das frequências dos haplótipos, contribuindo para o entendimento da formação étnica da população amapaense.

Resultados:

Nosso estudo revelou que o mais frequente é o haplótipo Bantu (61,2%), seguido de Benin (26,6%) e Senegal (12,2%). Nossos resultados apresentaram diferenças estatísticas em relação a estudos realizados em outras regiões, destacando-se que o presente estudo mostra uma frequência elevada do haplótipo Senegal quando comparado com alguns estudos brasileiros.

Conclusão:

Os resultados amapaenses apresentam características únicas quando relacionados com os haplótipos de outras regiões, com alta frequência de Senegal e Benin, ausência de atípicos, Camarões e Saudi, confirmando que o Brasil apresenta diversidade de origens étnicas, bem como diferentes frequências de haplótipos.

haplótipos HbS; afrodescendentes; Amapá


Sociedade Brasileira de Patologia Clínica, Rua Dois de Dezembro,78/909 - Catete, CEP: 22220-040v - Rio de Janeiro - RJ, Tel.: +55 21 - 3077-1400 / 3077-1408, Fax.: +55 21 - 2205-3386 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: jbpml@sbpc.org.br