RESUMO
Introdução: Muitos fatores podem impactar no desempenho dos testes para diagnóstico da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), comprometendo os resultados de pesquisas populacionais.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho dos testes rápidos (TR) - point-of-care - utilizados para o diagnóstico do HIV em relação aos ensaios convencionais em amostras de sangue da população de travestis e mulheres transexuais da cidade de São Paulo, São Paulo, Brasil.
Métodos: Ao Instituto Adolfo Lutz (IAL), 1.385 amostras com os resultados dos TR do HIV foram encaminhadas para serem avaliadas por testes laboratoriais convencionais. Resultados: Das 240 (17,3%) amostras que apresentaram resultado reagente nos TR, a positividade para HIV foi confirmada em 100% por testes laboratoriais convencionais. Entretanto, das 1.145 (82,7%) amostras com resultado de TR não reagente avaliadas, três (0,3%) apresentaram-se reagentes e uma (0,1%), indeterminada para HIV. Embora uma porcentagem de resultados falso-negativos nos TR tenha sido encontrada, os testes realizados em campo possuem alta taxa de confirmação quando comparados com os testes sorológicos.
Conclusão: Os dados deste estudo ressaltam a importância da adoção de ferramentas de gestão eficazes para assegurar a qualidade do diagnóstico da infecção por HIV.
Unitermos: anticorpos anti-HIV; imunoensaio; testes imediatos; indivíduos transgêneros; carga viral; soroconversão