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Classificação da Organização Mundial de Saúde para as neoplasias dos tecidos hematopoiético e linfóide: proposta de padronização terminológica em língua portuguesa do grupo de hematopatologia da Sociedade Brasileira de Patologia

World Health Organization Classification of Haematopoietic and Lymphoid Tissues Tumors: a proposal for the Portuguese language terminology standardization from the hematopathology group of the Brazilian Society of Pathology

PADRONIZAÇÃO

STANDARDIZATION

Classificação da Organização Mundial de Saúde para as neoplasias dos tecidos hematopoiético e linfóide: proposta de padronização terminológica em língua portuguesa do grupo de hematopatologia da Sociedade Brasileira de Patologia

World Health Organization Classification of Haematopoietic and Lymphoid Tissues Tumors: a proposal for the Portuguese language terminology standardization from the hematopathology group of the Brazilian Society of Pathology

Roberto A. Pinto Paes1 1 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 2 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. 3 . Professor adjunto do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. 4 . Médica patologista do Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 5 . Médico patologista do Departamento de Patologia do Hospital do Câncer (A.C. Camargo). 6 . Professor doutor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

José Vassallo2 1 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 2 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. 3 . Professor adjunto do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. 4 . Médica patologista do Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 5 . Médico patologista do Departamento de Patologia do Hospital do Câncer (A.C. Camargo). 6 . Professor doutor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Antônio Correia Alves3 1 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 2 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. 3 . Professor adjunto do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. 4 . Médica patologista do Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 5 . Médico patologista do Departamento de Patologia do Hospital do Câncer (A.C. Camargo). 6 . Professor doutor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Yara Menezes4 1 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 2 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. 3 . Professor adjunto do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. 4 . Médica patologista do Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 5 . Médico patologista do Departamento de Patologia do Hospital do Câncer (A.C. Camargo). 6 . Professor doutor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Sheila A.C. Siqueira4 1 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 2 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. 3 . Professor adjunto do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. 4 . Médica patologista do Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 5 . Médico patologista do Departamento de Patologia do Hospital do Câncer (A.C. Camargo). 6 . Professor doutor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Vera L. Aldred40 1 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 2 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. 3 . Professor adjunto do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. 4 . Médica patologista do Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 5 . Médico patologista do Departamento de Patologia do Hospital do Câncer (A.C. Camargo). 6 . Professor doutor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Fernando Soares5 1 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 2 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. 3 . Professor adjunto do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. 4 . Médica patologista do Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 5 . Médico patologista do Departamento de Patologia do Hospital do Câncer (A.C. Camargo). 6 . Professor doutor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

José C. Moraes6 1 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. 2 . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. 3 . Professor adjunto do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo. 4 . Médica patologista do Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. 5 . Médico patologista do Departamento de Patologia do Hospital do Câncer (A.C. Camargo). 6 . Professor doutor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Recebido em 05/12/01

Aceito para publicação em 17/12/01

Novos conhecimentos da biologia dos processos linfoproliferativos, como conseqüência de estudos multidisciplinares, imunológicos, moleculares e genéticos, associados à melhor compreensão da clínica e ao quadro morfológico, permitiram, nos últimos anos, grande avanço no entendimento da natureza destes processos, contribuindo muito para uma classificação das entidades clinicopatológicas.

Esta classificação deveria incluir entidades clinicamente relevantes, associando-se o comportamento clínico com características morfológicas e imunogenéticas.

Em 1994, um grupo de patologistas autodenominado International Lymphoma Study Group propôs uma nova classificação das neoplasias linfóides (1). Consistia em uma lista de entidades clinicopatológicas reconhecidas e obedecia quase sempre à terminologia existente. Baseava-se, portanto, em entidades reais definidas por uma combinação de aspectos morfológicos, imunofenotípicos, genéticos e clínicos. Os autores batizaram-na com o nome de Real (Revised European-American Classification of Lymphoid Neoplasms). Estas neoplasias estão divididas em três categorias principais: neoplasias de células B, neoplasias de células T e NK e linfoma de Hodgkin.

A classificação da Organização Mundial de Saúde (OMS), publicada em 2001 (2), para os tumores dos tecidos linfóides e hematopoiéticos, é fruto de um projeto colaborativo entre a European Association for Haematopathology e a American Society for Haematopathology. Após o lançamento da Real a pedido da OMS, em 1995, foi formada uma comissão com membros de ambas as sociedades, que propôs uma lista consensual de neoplasias mielóides, linfóides e histiocíticas, com descrições dos principais aspectos histológicos e imunológicos e critérios para diagnóstico. A classificação da OMS está baseada nos princípios definidos pela Revised European-American Classification of Lymphoid Neoplasms, com algumas modificações incorporadas para atualizá-la, estendendo-se os mesmos princípios para a construção e expansão da classificação, incluindo também as neoplasias mielóides, histiocíticas e mastocíticas (2).

A classificação da OMS/2001 baseia-se em critérios morfológicos e imunoistoquímicos bem difundidos entre nós e comprovadamente associados a elevada concordância interobservadores, havendo também forte fundamentação biológica, incluindo-se as mais atuais evidências da genética molecular e, em especial, marcada utilidade clínica (3).

Endereço para correspondência

Roberto Antonio Pinto Paes

Departamento de Patologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Rua Dr. Cesário Motta Júnior 112

CEP 01277-900 ¾ São Paulo-SP

  • 1. Harris, N.L. et al A revised European-American classification of lymphoid neoplasms: a proposal from the International Lymphoma Study Group. Blood, 84: 1361-92, 1994.
  • 2. Jaffe, E.S. et al (Ed.) World Health Organization classification of tumours: pathology and genetics of tumours of haematopoietic and lymphoid tissues Lyon: IARC Press, 2001.
  • 3. Harris, N.L. et al. (1999) The World Health Organization classification of neoplastic diseases of the hematopoietic and lymphoid tissues: report of the Clinical Advisory Commitee Meeting, Airlie House, Virginia, November, 1997. Annals of Oncology, 10: 1419-32, 1997.
  • 1
    . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
    2
    . Professor associado do Departamento de Patologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas.
    3
    . Professor adjunto do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo.
    4
    . Médica patologista do Departamento de Patologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
    5
    . Médico patologista do Departamento de Patologia do Hospital do Câncer (A.C. Camargo).
    6
    . Professor doutor do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      03 Set 2002
    • Data do Fascículo
      Jul 2002

    Histórico

    • Aceito
      17 Dez 2001
    • Recebido
      05 Dez 2001
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