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Nebulizadores: fonte de contaminação bacteriana em pacientes com fibrose cística?

OBJETIVO: Determinar se os nebulizadores de pacientes com fibrose cística são fonte de contaminação microbiana e verificar se a técnica e a frequência de desinfecção dos nebulizadores é apropriada. MÉTODOS: Estudo de corte transversal observacional, sem grupo controle. Foram coletadas amostras de 28 pacientes com fibrose cística, no domicílio do paciente, sem aviso prévio sobre o motivo da visita. Foram colhidas três amostras por paciente: do reservatório do nebulizador, da máscara/bocal e do próprio paciente (swab da orofaringe/escarro). As amostras foram acondicionadas adequadamente e levadas para análise. Os pacientes, seus pais ou responsáveis preencheram um questionário sobre métodos de limpeza e desinfecção dos nebulizadores. RESULTADOS: Foram obtidas 84 amostras dos 28 pacientes. Destes, 15 (53,5%) eram do gênero masculino. A mediana de idade foi de 11 anos (variação: 1-27 anos). Dos 28 pacientes, 15 apresentaram culturas de escarro/orofaringe positivas. As bactérias encontradas com maior frequencia foram Streptococcus aureus (8/15) e Pseudomonas aeruginosa (4/15). A cultura obtida dos nebulizadores identificou diversos patógenos, sem nenhum predominante. Não houve associações entre os resultados das culturas obtidas dos nebulizadores e aquelas dos pacientes em 27 casos (96,7%). A limpeza e a desinfecção não eram realizadas de forma adequada em 22 casos (78,6%). CONCLUSÕES: Nesta amostra de pacientes, apesar das técnicas de desinfecção inadequadas, os nebulizadores não foram uma fonte de contaminação microbiana

Fibrose cística; Nebulizadores e vaporizadores; Desinfecção


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