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O papel da preservação do nervo intercostal no controle da dor aguda pós-toracotomia* * Trabalho realizado na Disciplina de Cirurgia Torácica, Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, São Paulo (SP) Brasil.

OBJETIVO:

Avaliar se a dor aguda na recuperação intra-hospitalar devido a toracotomia pode ser efetivamente reduzida pelo uso de medidas intraoperatórias (dissecção do feixe neurovascular antes da colocação do afastador de Finochietto e preservação do nervo intercostal durante o fechamento).

MÉTODOS:

Foram selecionados 40 pacientes candidatos à toracotomia eletiva na Disciplina de Cirurgia Torácica, Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina, em São Paulo (SP), os quais foram randomizados em dois grupos de 20 pacientes: grupo toracotomia convencional (TC) e grupo de preservação do feixe (PF) neurovascular. Todos os pacientes foram submetidos a anestesia peridural torácica e técnica de toracotomia poupadora da musculatura. A intensidade da dor foi determinada utilizando-se uma escala visual analógica no 1º, 3º e 5º dias pós-operatórios, assim como a medida do consumo de analgésicos por demanda do paciente.

RESULTADOS:

Houve uma diminuição significativa da intensidade da dor relatada somente no 5º dia pós-operatório no grupo PF quando comparado ao grupo TC (escore da escala analógica visual, 1,50 vs. 3,29; p = 0,04). Não houve diferenças significativas no consumo de analgésicos por demanda nos dois grupos.

CONCLUSÕES:

Em pacientes submetidos à toracotomia, a proteção do feixe neurovascular antes da colocação do afastador e a preservação do nervo intercostal no fechamento da toracotomia podem minimizar a dor no período intra-hospitalar.

Dor pós-operatória; Analgesia; Toracotomia


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