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Acurácia do teste de fluência semântica para separar pessoas saudáveis de pacientes com doença de Alzheimer em uma população de baixa escolaridade

RESUMO

Objetivo

Avaliar a acurácia de duas categorias semânticas do teste de fluência verbal (categorias de supermercado e animal) para separar idosos saudáveis e pacientes com doença de Alzheimer com baixa escolaridade.

Métodos

Avaliamos 69 idosos com menos de 5 anos de escolaridade, consistindo em 31 idosos saudáveis e 38 pacientes diagnosticados com a doença de Alzheimer. A fluência verbal semântica foi avaliada nas categorias animal e supermercado. O teste de Mann-Whitney U e o teste t independente foram usados para comparar os dois grupos, e a precisão diagnóstica dos testes foi analisada por sensibilidade, especificidade, razão de verossimilhança e área sob a curva (AUC).

Resultados

Encontramos uma diferença significativa entre os grupos de idosos saudáveis e com doença de Alzheimer, tanto na fluência verbal de animais (p = 0,014) quanto na de supermercado (p < 0,001). A categoria supermercado apresentou melhor precisão diagnóstica geral (AUC = 0,840; IC 95% = 0,746-0,933; p < 0,001) em comparação com a categoria animal (AUC = 0,671; IC 95% = 0,543-0,800; p = 0,014).

Conclusão

A categoria supermercado de fluência verbal semântica fornece melhor acurácia do que a categoria animal para a identificação de demência em uma população idosa brasileira com baixo nível educacional.

Fluência verbal semântica; baixa escolaridade; idosos; doença de Alzheimer

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