| Alshekaili et al., 20202929 Alshekaili I, Hassan W, Said N, Sulaimani F, Jayapal S, Al-Mawali A, et al. Factors associated with mental health outcomes across healthcare settings in Oman during COVID-19: frontline versus non-frontline healthcare workers. BMJ Open. 2020;10:e042030.
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Ansiedade, depressão, estresse e insônia |
Analisar e comparar os fatores demográficos, psicológicos e de insônia entre profissionais de saúde que atuam e os que não atuam na linha de frente da COVID-19 |
A prevalência dos sintomas foi de 32,3% (n = 368) para depressão, 34,1% (n = 388) para ansiedade, 23,8% (n = 271) para estresse e 18,5% (n = 211) para insônia em ambos os grupos. Nos profissionais de linha de frente, a porcentagem dos sintomas foi de 53,3%, 55,9%, 56,98% e 56,9%, respectivamente. |
Os profissionais da linha de frente eram mais jovens, solteiros, não nascidos em Omã e trabalhavam na atenção primária, além de serem mais propensos a apresentar sintomas de ansiedade, estresse e insônia. |
A realização de um estudo psicossocial com questionários autorreferidos pode apresentar alguns vieses de aferição. Limitação de pesquisas on-line devido à restrição da amostra a sujeitos que apresentam facilidade no manuseio e acesso dessas ferramentas. Necessidade de estudos longitudinais. |
| Barua et al., 20202525 Barua L, Zaman M, Omi F, Faruque M. Psychological burden of the COVID-19 pandemic and its associated factors among frontline doctors of Bangladesh: a cross-sectional study. F1000Res. 2020;9:1304.
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Ansiedade, depressão, distúrbios do sono e medo da COVID-19 |
Avaliar ansiedade, depressão, estresse, medo da COVID-19, e fatores associados entre médicos da linha de frente de Bangladesh, durante o período da pandemia |
Dos médicos, 73% sofriam de ansiedade e/ou depressão. A prevalência de ansiedade foi de 36,5%, de depressão de 38,4% e a de insônia, de 18,6%. Quanto ao medo da COVID-19, 31,9% apresentavam de forma grave e 37,6%, moderada. |
A maioria da amostra era de homens com idade média de 30,5 anos, casados e que atuavam no setor privado e em hospitais. Vários fatores foram contribuintes para a presença de sintomas psicológicos e o medo (moderado e grave) da COVID-19, no entanto a escassez de recursos no local de trabalho foi o mais significativo. |
A não possibilidade de estabelecer relação causal, devido ao método seccional e à realização da coleta de dados no formato on-line. Recomenda-se a adoção de estratégias para melhorar as condições de trabalho dos profissionais de saúde. |
| Cai et al., 20202626 Cai Q, Feng H, Huang J, Wang M, Wang Q, Lu X, et al. The mental health of frontline and non-frontline medical workers during the coronavirus disease 2019 (COVID-19) outbreak in China: A case-control study. J Affect Disord. 2020;275:210-5.
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Ansiedade, insônia e depressão |
Comparar os impactos psicológicos causados pela COVID-19 entre trabalhadores da equipe médica que atuavam ou não na linha de frente, na China |
A prevalência de problemas mentais foi de 52,6% em profissionais da linha de frente e de 34,0% nos que não atuavam na linha de frente. As porcentagens dos problemas mentais dos trabalhadores da linha de frente e dos que não trabalhavam na linha de frente Foram, respectivamente, de 15,7% e 7,4% para sintomas de ansiedade, 14,3% e 10,1% para humor depressivo, 12,0% e 9,0% para ideação suicida e 47,8% e 29,1% para insônia. |
Profissionais da linha de frente apresentavam renda mensal maior, residiam sozinhos e apresentavam maior prevalência de transtornos mentais. Em ambos os grupos foi percebido baixo comportamento de busca de ajuda e tratamento para seus problemas mentais. |
A coleta de dados on-line e a amostragem não probabilística; no entanto, houve número alto de participantes (reduzindo possíveis vieses). Não se pode comparar os níveis de saúde mental desses profissionais pré-COVID-19, uma vez que não havia dados disponíveis, assim, não podendo inferir se a prevalência desses sintomas é de comorbidades associadas a pandemia, ou possíveis problemas prévios. Impossibilidade de avaliação causal. Necessidade de vigilância a longo prazo para monitoramento da saúde mental dos profissionais da área de saúde. |
| Khanal et al., 20202828 Khanal P, Devkota N, Dahal M, Paudel K, Joshi D. Mental health impacts among health workers during COVID-19 in a low resource setting: a cross-sectional survey from Nepal. Global Health. 2020;16(89).
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Ansiedade, depressão e insônia |
Identificar os fatores associados a ansiedade, depressão e insônia entre os profissionais de saúde envolvidos na linha de frente da COVID-19 no Nepal |
Prevalência de 23,6% para os sintomas de ansiedade, 37,5% para depressão e 33,9% para insônia. |
Entre os trabalhadores, 4,6% apresentavam histórico de uso de medicamentos para saúde mental. Os enfermeiros apresentavam maior proporção de ansiedade, depressão e insônia grave, comparados aos médicos. Entre os participantes, 53,7% informaram que sofreram algum estigma da doença por causa da COVID-19. Estigmatização foi associada a maior chance de manifestação de sintomas de saúde mental. A depressão foi associada a profissionais mais jovens e a insônia, a quem trabalhava há mais de cinco anos. |
A prevalência dos transtornos mentais pode ainda refletir o período pré-pandêmico. Possível viés de seleção relacionada a coleta de dados de forma on-line. Recomendação de estudos longitudinais. Criação de estratégias para a redução do estigma para com os profissionais de saúde. Propiciar ambiente de trabalho adequado, educação em saúde sobre os cuidados com a COVID-19 no ambiente de trabalho da saúde e intervenção psicológica. |
| Lai et al., 20202727 Lai J, Ma S, Wang Y, Cai Z, Hu J, Wei N, et al. Factors Associated With Mental Health Outcomes Among Health Care Workers Exposed to Coronavirus Disease 2019. JAMA Netw Open. 2020;3(3):e203976.
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Depressão, ansiedade, insônia e estresse |
Avaliar a saúde mental e fatores associados entre profissionais de saúde que tratam pacientes com COVID-19 na China |
Os resultados apontam prevalência de 50,4% para depressão, 44,6% para ansiedade, 34,0% para insônia e 71,5% para estresse. |
A maioria dos participantes eram mulheres, com idade entre 26 a 40 anos e que trabalhavam no nível terciário (hospitalar). Entre os profissionais, 41,5% atuavam na linha de frente. Ser enfermeira, mulher e atuante na linha de frente foi fator de risco para apresentar sintomas de TMC mais graves. Nível secundário apresentava pontuações mais altas na presença de depressão, ansiedade e insônia. |
Sugestão de realização de pesquisa longitudinal para avaliar implicações psicológicas de longo prazo. Necessidade de proteção dos profissionais de saúde, promovendo bem-estar mental em profissionais de saúde expostos à COVID-19, principalmente as mulheres, enfermeiras e trabalhadores da linha de frente. |
| Maciaszek et al., 20203030 Maciaszek J, Ciulkowicz M, Misiak B, Szczesniak D, Luc D, Wieczorek T, et al. Mental Health of Medical and Non-Medical Professionals during the Peak of the COVID-19 Pandemic: A Cross-Sectional Nationwide Study. J Clin Med. 2020;9(8):2527.
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Ansiedade, insônia, sintomas psicossomáticos, depressão e disfunção social |
Comparar sintomas psicopatológicos entre profissionais de saúde e os que não são da área da saúde durante a pandemia da COVID-19 |
A presença de sintomas psicopatológicos foi de 60,8% para os profissionais da saúde e de 48,0% para outros profissionais. Piora da saúde mental, frustração, solidão e raiva foram prevalentes, respectivamente, em 66,7%, 81,4%, 62,0% e 75,6% para os profissionais da saúde e 58,5%, 74,4%, 60,9% e 63,3% para os outros profissionais. |
Na categoria da saúde, houve a presença significativa de profissionais do sexo feminino, menor propensão de ter filhos, recente mudança do local de trabalho e mais tempo de trabalho semanal e aos fins de semana. Ser do sexo masculino e ter idade mais avançada foi associado a menor presença de sintomas psicopatológicos, enquanto mudanças na vida, medo, frustração, solidão, raiva e aumento do uso de álcool e nicotina foram associados a maiores valores do GHQ-28 e a sintomas psicopatológicos. Ter filhos apresentou associação negativa com depressão, e cuidar de pessoas com deficiência está associado a escores mais altos de sintomas somáticos. |
Não houve um levantamento inicial que pôde calcular a quantidade de recusas à participação no estudo. A avaliação dos sintomas psicopatológicos limitou-se ao uso do GHQ-28 e, portanto, não se pôde registrar diagnósticos específicos, além do viés de resposta caracterizado no formato on-line da pesquisa. Com os resultados desse estudo, os autores sugerem a criação de intervenções que visem restaurar o bem-estar psicológico de profissionais que atuam, ou não, na área da saúde, bem como enfatizar os fatores-chave que afetam a maior suscetibilidade a uma resposta psicológica negativa durante a pandemia. |
| Pappa et al., 20213131 Pappa S, Barnett J, Berges I, Sakkas N. Tired, Worried and Burned Out, but Still Resilient: A Cross-Sectional Study of Mental Health Workers in the UK during the COVID-19 Pandemic. Int J Environ Res Public Health. 2021;18(9):4457.
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Depressão, ansiedade, distúrbios do sono, burnout, medo e resiliência |
Avaliar os efeitos da pandemia da COVID-19 no bem-estar, sono e mudanças no estilo de vida, juntamente com os níveis de esgotamento e resiliência em profissionais de saúde que trabalham em serviços de saúde mental |
A insônia foi presente em 51,6% dos participantes. Os transtornos mentais foram classificados em suave, moderado e severo, com valores de 25,8%, 11,3% e 10,6% para a depressão, 25,8%, 10,2% e 5,7% para a ansiedade e 47,7, 17,0% e 35,3% para a exaustão emocional. |
A maioria dos participantes estava preocupada com a infecção pela COVID-19 e a transmissão a seus entes. Ser mulher apresentou associação estatística com níveis mais elevados de exaustão emocional e ansiedade. Participantes com condição de saúde mental preexistente registraram escores médios mais altos em depressão, ansiedade, insônia e exaustão emocional e pontuações mais baixas em resiliência. Resiliência mais baixa, consumo de álcool, sensação de pressão para trabalhar em situação desconfortável, autolesão e insônia foram significativamente associados a uma maior probabilidade de apresentar sintomas de depressão. A presença de sintomas depressivos foi preditor na presença de insônia. |
O caráter transversal do estudo não permite a inferência de causalidade. O uso de questionário on-line pode causar vieses de seleção e de respostas, limitando a generalização dos resultados. Um ponto forte desse estudo foi estabelecer a presença ou ausência de uma condição de saúde mental preexistente; deixar de fazer isso foi citado como uma limitação em vários outros estudos semelhantes. As respostas podem ser utilizadas para ações que possam auxiliar em questões de crises da saúde global. |
| Sagherian et al., 20203333 Sagherian K, Steege L, Cobb S, Cho H. Insomnia, fatigue and psychosocial well-being during COVID-19 pandemic: A cross-sectional survey of hospital nursing staff in the United States. J Clin Nurs. 2020:1-14.
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Insônia, fadiga, esgotamento, estresse pós-traumático, depressão e ansiedade |
Descrever os níveis de insônia, fadiga e bem-estar psicológico (burnout, estresse pós--traumático e sofrimento psicológico) e examinar as diferenças nessas medidas com base nas características relacionadas ao trabalho entre a equipe de enfermagem durante a pandemia de COVID-19 nos Estados Unidos |
A insônia foi prevalente em 41,49% na forma leve, 39,72% na forma moderada e 5,67% na forma mais grave. Entre os participantes, 47,39% e 62,32% apresentaram possível depressão e ansiedade, respectivamente. |
Grande parte dos participantes era de mulheres, brancas, casadas e enfermeiras que trabalhavam em turnos prolongados (mais de 40 horas semanais). Os participantes que trabalhavam mais de 40 horas por semana foram mais propensos a cuidar de pacientes com COVID‐19 do que os participantes que trabalhavam com carga horária menor. A equipe de enfermagem que cuidou de pacientes com COVID‐19 teve insônia significativamente maior, em comparação com colegas de trabalho que não cuidaram. |
Os autores apontaram questões conceituais quanto aos TMCs investigados, desde sua complexidade e dinamismo, necessitando de estudos longitudinais para a avaliação deles. Viés de autosseleção devido à amostragem por conveniência, além da não possível representatividade do universo estudado, devido ao caráter on-line da coleta. Necessidade de futuros estudos sobre o assunto e apoio à saúde do trabalhador em hospitais que tratam de pacientes com COVID-19. |
| Shah et al., 20213232 Shah J, Monroe-Wise A, Talib Z, Nabiswa A, Said M, Abeid A, et al. Mental health disorders among healthcare workers during the COVID-19 pandemic: a cross-sectional survey from three major hospitals in Kenya. BMJ Open. 2021;11:e050316.
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Depressão, ansiedade, insônia, estresse e burnout
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Medir a prevalência de sintomas de saúde mental e avaliar fatores de risco entre profissionais de saúde em três grandes hospitais no Quênia |
Dos participantes, 53,6% apresentavam algum nível de depressão, 50,2%, sintomas suaves a severos de ansiedade e 41,1%, insônia. O estresse em níveis normais foi prevalente em 69,0% da amostra; 10,7% estresse suave, 5,9% estresse moderado e 41,4% estresse severo. O ponto de corte para níveis mais altos de burnout foi presente em 18,9% dos estudados. |
Dos participantes, 68,8% atuavam diretamente com pacientes com COVID-19 e apenas 3,7% relataram histórico de diagnóstico de algum transtorno mental. Sintomas graves de depressão, ansiedade, insônia, estresse e burnout foram comumente mais relatados entre os profissionais de saúde da linha de frente. Ser médica foi fator de risco para sintomas mais graves de depressão e ansiedade, e idades mais altas foram associadas a escores de transtornos mentais mais baixos. Profissionais que atuavam no serviço público eram mais propensos a relatar a presença de recursos inadequados, necessidade de treinamento e níveis moderado e grave de depressão, ansiedade, insônia e estresse. |
Uso de metodologia transversal de forma eletrônica, podendo ter ocorrido viés de resposta, além de a época da coleta ter sido durante a primeira e a segunda onda da pandemia, desse modo, os sentimentos apresentados podem ser representativos do momento em que o questionário foi respondido. Recomendação de elaboração de estratégias de mitigação econômicas, fáceis de replicar e rápidas de implementar para ajudar a reduzir a carga de transtornos mentais associados ao atendimento de pacientes com COVID-19 no Quênia e em outros países com recursos limitados. |
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