Objetivo:
Identificar as associações entre qualidade de vida (QV), determinantes sociais e sofrimento psíquico na Atenção Primária (AP) em dois municípios do Brasil.
Métodos:
Estudo transversal com 1.466 pacientes atendidos na AP de São Paulo e Rio de Janeiro nos anos de 2009 e 2010.
Resultados:
As prevalências de Transtorno Mental Comum (TMC-3), Transtorno Mental Comum de intensidade grave (TMC-5), casos sugestivos de ansiedade e de depressão foram de 20,5%, 32%, 37% e 25,1%, respectivamente. Observou-se a associação entre as variáveis socioeconômicas e a presença de sofrimento psíquico, em especial para aqueles com idade superior a 40 anos. Nos casos de TMC-3, aqueles com maior renda e nível educacional apresentaram maiores escores nos domínios físico e psicológico. Para os casos sugestivos de ansiedade, maior nível educacional apresentou menores escores nos domínios físico e relações sociais.
Conclusão:
Entre os pesquisados, o sofrimento psíquico associou-se a menores escores de qualidade de vida, podendo ser influenciado pelas condições socioeconômicas. Dessa forma, é importante estruturar uma assistência centrada no paciente, que também deve incluir o contexto social dos pacientes.
Saúde mental; atenção primária à saúde; qualidade de vida; transtornos mentais; fatores socioeconômicos