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Prótese endoscópica no carcinoma do cólon em obstrução: risco dedisseminação tumoral

Resumo

Introdução

A oclusão intestinal aguda maligna é tradicionalmente considerada uma emergência cirúrgica. Com o desenvolvimento das técnicas endoscópicas surgiram os stents metálicos que asseguram a patência do cólon em doentes não candidatos a cirurgia e, mais recentemente, como uma medida temporária até ser possível realizar uma cirurgia de resseção eletiva.

Materiais e métodos

A pesquisa decorreu na PubMed e reuniu um total de 46 artigos, incluindo referências cruzadas.

Resultados

Idealmente, a oclusão intestinal deve ser abordada através da resseção primária do tumor com anastomose primária. Para evitar a deiscência da anastomose, a resseção tumoral pode ser realizada recorrendo à cirurgia Hartmann ou a um estoma derivativo sem resseção tumoral. Os stents metálicos são uma alternativa à cirurgia de emergência com resultados excelentes na resolução da obstrução cólica. Contudo, poderão levar a complicações como a perfuração cólica, a migração e a disseminação tumoral.

Discussão e conclusão

Os estudos observacionais e ensaios clínicos mostram resultados discrepantes. O uso dos stents metálicos é cada vez mais aceite como tratamento paliativo, mas ainda não são inequivocamente recomendados como ponte para uma cirurgia curativa. O tratamento deve ser individualizado de acordo com o risco cirúrgico e a probabilidade de complicações endoscópicas.

Palavras-chave
Obstrução maligna do colon; Cirurgia de emergência; Stents endoscópicos do cólon; Disseminação tumoral

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