RESUMO
Objetivos:
Avaliar a taxa de ressecção abdominoperineal em portadores de adenocarcinoma de reto inferior no Hospital Barão de Lucena – SES/PE.
Metodologia:
Trata-se de um estudo baseado na análise de prontuários de pacientes com adenocarcinoma de reto inferior submetidos a tratamento cirúrgico no serviço de Coloproctologia do Hospital Barão de Lucena entre 2013 e 2016.
Resultados:
Observou-se que 77,5% dos pacientes foram submetidos à ressecção abdominoperineal e 22,5% à cirurgia com preservação esfincteriana. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (62,5%), tinha menos que 70 anos (72,5%), apresentava IMC menor que 30 kg/m2 (87,5%), apresentava ASA I e II (82,5%), classificação de Rullier de I a III (95%) e TNM diferente de T1-T3 (95%). Em 92,5% dos prontuários, não havia registro sobre a continência fecal antes da cirurgia. O período mais frequente entre o término da radioterapia e a realização da cirurgia foi superior a 11 semanas (57,5%); a distância, mais comum, do tumor à margem anal estava entre 3,1–4,0 cm (35% dos pacientes).
Conclusão:
Houve uma alta taxa de cirurgias não poupadoras de esfíncter anal. O único fator preditivo para a realização da ressecção abdominoperineal foi a presença de tumores classificados como Rulier tipo III e IV.
Palavras-chave:
Adenocarcinoma; Câncer retal; Cirurgia colorretal; Colostomia; Imagem por ressonância magnética