Introdução:
Os tumores carcinoides são neoplasias malignas neuroendócrinas que se originam em células neuroectodérmicas do sistema APUD (Amine, Peptide Uptake and Decarboxylation), dispersas na mucosa gastrointestinal e que representam cerca de 80-88% das neoplasias do apêndice cecal. São tumores diagnosticados geralmente durante apendicectomias e estima-se que de cada 100 apendicectomias realizadas por ano, ao menos um caso será TNE.
Objetivos:
Objetiva-se nesse artigo relatar experiência de Hospital Universitário e de Ensino (HUE) em saúde e referência na zona leste de São Paulo e grande São Paulo em casos desses raros tumores apendiculares, com ênfase na importância dessas descrições, já que provavelmente raros cirurgiões em particular irão adquirir uma extensa sapiência nesses casos.
Método:
Análise retrospectiva de 237 pacientes submetidos à apendicectomia no período de setembro de 2010 a setembro de 2012 no Hospital Santa Marcelina-SP. Foram avaliados os dados referentes a idade, sexo, quadro clínico inicial, achados operatórios dos pacientes submetidos à apendicectomia com posterior diagnóstico anatomopatológico e imunopatológico de tumor carcinoide de apêndice.
Resultados:
Verificou-se a presença de tumor carcinoide de apêndice em 5 pacientes, o que corresponde a 2,1% das apendicectomias realizadas. Com relação ao gênero, 4 pacientes (80%) eram mulheres e a média de idade foi de 34,2 anos, com variação de 17 a 68 anos. Em todos os pacientes a hipótese inicial para indicação de cirurgia fora de apendicite aguda, com achado intra-operatório de apendicite aguda em fase necroperfurada em 3 pacientes (60%).
Conclusão:
A conduta após o diagnóstico de tumores carcinoides de apêndice cecal deve ser alicerçada nos dados fornecidos por exames anatomopatológicos e imunoistoquímicos, além do julgamento criterioso do médico assistente.
Apendicite aguda; Tumor carcinoide de apêndice; Conduta; Seguimento