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Melanoma anal: tumor raro, mas catastrófico

INTRODUÇÃO:

O melanoma maligno do canal anal é uma doença rara e agressiva, em que o diagnóstico precoce se torna difícil. Apresenta-se sem sintomas específicos, levando ao diagnóstico tardio e em fase avançada. O prognóstico é ruim e frequentemente relacionado a metástases a distância, bem como à ausência de resposta à rádio e à quimioterapia. A cirurgia permanece como terapia de escolha, no entanto a melhor abordagem ainda é controversa. Considerando não haver benefício na sobrevida da amputação abdômino-aerineal do aeto (AAPR), a excisão local ampla deve ser considerada o tratamento de escolha.

MÉTODOS:

São nove casos de melanoma anorretal tratados no serviço de coloproctologia do Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD) de 1977 a 2006.

RESULTADOS:

Foram diagnosticados oito mulheres e um homem, com média de idade de 69 anos (41 - 85). A queixa mais frequente foi o sangramento anal. A excisão local ampla foi realizada em sete pacientes. A sobrevida média foi de 24 meses.

CONCLUSÃO:

O melanoma anorretal continua desafiante. Todos os esforços devem ser feitos para o diagnóstico precoce, tornando assim possível realizar a excisão local com margens negativas. A AAPR ainda é uma opção factível para tumores avançados ou quando o esfíncter anal está comprometido.

Anal; Reto; Melanoma


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