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Perfil epidemiológico e características clínicas dos pacientes com doença inflamatória intestinal

RESUMO

De acordo com vários estudos epidemiológicos, há aumento significativo de casos de doença inflamatória nos países em desenvolvimento.

Objetivo:

Descrever os dados epidemiológicos e características clinicas dos pacientes com doença inflamatória intestinal em Campo Grande - MS.

Método:

Pesquisa descritiva retrospectiva, com análise dos prontuários em banco de dados, em pacientes que cadastraram e renovaram o processo no Programa de Medicamentos Excepcionais da Secretaria de Saúde, de janeiro de 2008 e dezembro de 2016.

Resultados:

Participaram da pesquisa 423 pacientes, 260 mulheres e 163 homens. Deste total, 238 possuíam doença de Crohn e 185 Retocolite Ulcerativa. A média de idade foi de 46 anos. O medicamento mais utilizado em ambas doenças foi a mesalazina e 34,3% dos pacientes necessitaram realizar troca de medicamentos ao longo do tratamento, sendo a maioria portador da doença de Crohn. Nos pacientes com Crohn o segmento mais acometido foi o cólon (40,6%) e nos pacientes com RCU foi todo o intestino grosso (78,8%). Do total de pacientes, 10,8% das mulheres e 18,4% dos homens necessitaram utilizar anti-TNF.

Conclusão:

A maioria das pessoas em tratamento para DII são do sexo feminino, com média de idade de 46 anos e portadores de Doença de Crohn. Os segmentos mais acometidos na RCU foi todo o intestino grosso e na Doença de Crohn o colo. A mesalazina foi o medicamento mais utilizado em ambas as doenças. Houve mais troca de medicamentos na Doença de Crohn. Na Doença de Crohn pessoas mais jovens utilizaram mais o infliximabe.

Palavras-chave:
Doenças inflamatórias intestinais; Epidemiologia; Retocolite ulcerativa; Doença de Crohn; Infliximabe

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