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Epilepsia do lobo temporal mesial: uma visão atualizada

Epilepsia de lobo temporal mesial (ELTM) é a forma mais comum de epilepsia parcial em adultos jovens e também a mais freqüente nas séries cirúrgicas mundiais. Esclerose mesial temporal (EMT) é a principal causa de ELTM; presente em 60-70% dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico para crises refratárias. Os mecanismos patogênicos desta forma distinta de lesão hipocampal permanecem incertos. Achados recentes sugerem uma malformação do desenvolvimento do hipocampo (hereditária ou adquirida) que em associação com insultos subseqüentes (ex. trauma, infecção, crises febris complexas) poderiam provocar crises recorrentes, resultando nas características neuropatológicas da EMT. Substrato genético, idade e tipo de insulto precipitante inicial e vulnerabilidade relacionada a mecanismos de morte celular programada são prováveis mecanismos envolvidos no desenvolvimento da EMT. Definição de resistência ao tratamento clínico pode variar entre centros especializados, mas geralmente inclui falha no controle de crises após dois ou mais esquemas adequados de drogas antiepilépticas. A decisão de quando realizar um tratamento cirúrgico em pacientes com ELTM é questão relevante e necessita ser investigada com maior profundidade. Evidência recente discutida nesta revisão indica que duração prolongada de crises não controladas se associa a um maior risco de falha no tratamento cirúrgico.

epilepsia de lobo temporal; crises; tratamento cirúrgico; esclerose hipocampal; esclerose mesial temporal; fisiopatologia; ressonância magnética


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