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ESTIMATIVA DA APTIDÃO CARDIORRESPIRATÓRIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA DE 20 A 59 ANOS: ABORDAGEM POR MEIO DE MODELO SEM EXERCÍCIO COM VARIÁVEIS AUTO-RELATADAS

RESUMO

Diferentemente de outras variáveis mais comuns relacionadas à saúde, a aptidão cardiorrespiratória (ACR) não é medida constantemente na população em geral. Sua omissão caracteriza numa perda de informação relevante. Com isso os objetivos do presente estudo foram: a) caracterizar a ACR da população brasileira de 20 a 59 anos, desenvolvendo valores normativos através de uma equação para estimar o consumo máximo de oxigênio (VO2Máx) sem a realização de exercícios; e b) verificar a associação de menores níveis de ACR com a prevalência de doenças crônicas. Ao todo, 32.531 indivíduos compuseram a amostra oriunda da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-IBGE-2013). Apenas variáveis auto-relatadas foram incluídas a partir da equação de Wier et al. (2006): sexo, idade, nível de atividade física e Índice de Massa Corporal. A média de VO2Máx foi estimada como 44,6; 39,3; 34,8 e 30,6 ml/kg/min (homens) e 34,5; 29,6; 25,4 e 21,1 ml/kg/min (mulheres) com idades 20-29; 30-39; 40-49 e 50-59. Os valores de percentil 20 e 80 foram estabelecidos como os extremos de muito baixa e muito alta ACR. A baixa aptidão demonstrou significativamente 33% maiores chances de prevalência de doença cardiovascular, 89% de diabetes mellitus e 67% de hipertensão arterial independentemente de sexo, idade, e presença de obesidade, o que parece corroborar a qualidade da equação utilizada.

Palavras-chave:
Aptidão Física; Valores de referência; Exercício; Fatores de Risco

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