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Sedação e analgesia em crianças: uma abordagem prática para as situações mais freqüentes

OBJETIVOS: Revisar as indicações, doses e formas de administração dos sedativos, analgésicos e relaxantes musculares mais utilizados na criança, bem como os métodos de monitorização da sedação. FONTES DOS DADOS: Levantamento bibliográfico utilizando a base de dados MEDLINE e revisão da experiência em nossas unidades de cuidados intensivos pediátricos. SÍNTESE DOS DADOS: A administração contínua de drogas analgésicas e sedativas impede o aparecimento das fases de subsedação e requer menor assistência do que na administração intermitente. O midazolan é a droga mais utilizada para sedação contínua da criança gravemente enferma. Os derivados opiáceos e os antiinflamatórios não-hormonais são os analgésicos mais utilizados na criança gravemente enferma. Os opióides associados aos benzodiazepínicos em infusão contínua são os fármacos de eleição em crianças em ventilação mecânica, especialmente a morfina e o fentanil. O uso de protocolos e a monitorização com a utilização de escores clínicos e métodos objetivos como o BIS permitem ajustar mais corretamente a medicação, evitando a supersedação, a subsedação e a síndrome de abstinência. As intervenções não-farmacológicas, como a musicoterapia, o controle de ruídos, a adequada utilização da luz, a massagem e a comunicação com o paciente, são medidas complementares que auxiliam na adaptação da criança ao ambiente hospitalar adverso. CONCLUSÕES: A sedação deve ser adaptada a cada criança em cada momento. O emprego de protocolos que facilitem uma correta seleção de fármacos, uma administração adequada e uma monitorização cuidadosa melhoram a qualidade da sedoanalgesia e reduzem seus efeitos adversos.

Sedação; analgesia; dor; ventilação mecânica; abstinência


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