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Atitudes alimentares e imagem corporal em meninas adolescentes de ascendência nipônica e caucasiana em São Paulo (SP)

OBJETIVO: Há muita controvérsia nos estudos que analisam a relação entre etnia e transtornos alimentares a despeito do rápido aumento desses distúrbios em diversos grupos étnicos. O objetivo do presente estudo foi verificar as atitudes alimentares em adolescentes de ascendência nipônica e caucasiana no Brasil. A influência do índice de massa corporal (IMC), da menarca e das relações socioafetivas no desenvolvimento dos transtornos alimentares também foi discutida. MÉTODOS: Questionários sobre atitudes alimentares e influências socioafetivas foram aplicados a 544 adolescentes de origem nipo-brasileira e caucasiana: adolescentes pré-menarca de 10 e 11 anos nipo-brasileiras (n = 122) e caucasianas (n = 176) e adolescentes pós-menarca de 16 e 17 anos nipo-brasileiras (n = 71) e caucasianas (n = 175). RESULTADOS: Adolescentes caucasianas apresentaram maiores escores no Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26), mostraram maior insatisfação com suas imagens corporais, faziam mais dieta e tinham mais modelos de dietas representados pelas mães e pares do que as adolescentes nipo-brasileiras. CONCLUSÃO: As adolescentes caucasianas, de um modo geral, parecem sentir mais as pressões culturais e estéticas sobre a imagem corporal do que as nipônicas. A frequência alta de meninas caucasianas pré-menarca com escore acima de 20 no EAT-26 mostra que a preocupação com a imagem corporal vem ocorrendo cada vez mais cedo. A análise de regressão múltipla revelou muitas associações entre a interação das adolescentes com suas mães e o desenvolvimento de atitudes alimentares inadequadas.

Nipo-americanos; transtornos alimentares; imagem corporal; índice de massa corporal; adolescência


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