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Ventilação não-invasiva em crianças: uma revisão

OBJETIVO: Avaliar o uso de ventilação não-invasiva (VNI) em crianças e sua aplicação na insuficiência respiratória aguda e crônica. FONTES DOS DADOS: Busca de artigos pertinentes no Pubmed, base de dados Cochrane e Ovid MEDLINE entre 1950 e 2007, através do emprego dos termos pediatria, ventilação não-invasiva e pressão positiva nas vias aéreas. SÍNTESE DOS DADOS: Há uma escassez de publicações acerca da VNI em pediatria. A maioria dos dados disponíveis diz respeito a relatos de caso ou pequenas séries de casos, com apenas alguns estudos randomizados pequenos. CONCLUSÃO: Embora o uso de VNI seja cada vez mais reconhecido em pediatria, atualmente não existem ainda orientações gerais para o seu uso. Nos casos crônicos, seu uso foi eficaz no tratamento de apnéia obstrutiva do sono e na insuficiência respiratória secundária a afecções neuromusculares. Parece que o maior desafio é garantir a adesão ao tratamento e isso pode ser obtido através da instrução do paciente/cuidador, utilização de uma interface adequada, umidificadores aquecidos e minimização dos efeitos colaterais da VNI. Nos casos de insuficiência respiratória aguda, os dados disponíveis parecem indicar que se pode inferir o sucesso do tratamento pela rapidez na resposta terapêutica. Os pacientes submetidos à VNI devem ser monitorados cuidadosamente e essa modalidade de ventilação deve ser reconsiderada caso não haja resposta após algumas horas do início do tratamento.

Ventilação não-invasiva; crianças; insuficiência respiratória; pressão positiva nas vias aéreas


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