Young et al., 19981111 Young RJ, Beerman LE, Vanderhoof JA. Increasing oral fluids in chronic constipation in children. Gastroenterl Nurs. 1998;21:156-161.
90 crianças americanas entre dois e 12 anos com constipação intestinal. |
Após uma semana de registro do consumo de líquidos, 108 pacientes com constipação intestinal foram distribuídos em três grupos: 1. Controle, 2. Aumento do consumo de água em 50% em relação ao basal, 3. Aumento da oferta de líquido hiperosmolar (> 600 mOsm/L). Alimentação foi avaliada através de registro por três dias. Registrou-se a frequência de evacuações e consistência de fezes. A intervenção durou duas semanas. |
O estudo foi concluído por 90 pacientes. Não se observou variação estatisticamente significante em qualquer dos três grupos no fim da segunda e terceira semana de intervenção quanto a frequência de evacuações, consistência das fezes e dificuldade para evacuar. |
Kuhl et al., 20092626 Kuhl ES, Felt BT, Patton SR. Brief report: adherence to fluid recommendation in children receiving treatment for retentive encopresis. J Pediatr Psychol. 2009;34:1165-9.
26 crianças americanas entre três e 11 anos com encoprese por retenção (“incontinência fecal por retenção”). |
Foram feitas de cinco a seis sessões de intervenção comportamental que abordaram os temas: fisiologia da encoprese por retenção, medicação, importância da fibra alimentar e líquidos claros, treinamento de toalete e manutenção do tratamento. Recomendação de líquidos: primeira sessão, explicação da importância do consumo e orientação de ingestão ([idade + 5 g de fibra]x28 ml [1 onça]) e a segunda sessão: orientação de ingestão de líquidos ([idade + 10 g de fibra]x28 ml [1 onça]). Alimentação foi avaliada através de diário de alimentação. |
A frequência evacuatória aumentou de 12 para 16,1 por semana, comparando a primeira e a última semana de tratamento. A média do consumo de líquidos aumentou significativamente de 480 ml para 720 ml, comparando a primeira com a última semana de tratamento (p ≤ 0,001). Não houve grupo controle para comparação. |
Kuhl et al., 20102929 Kuhl ES, Hoodin F, Rice J, Felt BT, Rausch JR, Patton SR. Increasing daily water intake and fluid adherence in children receiving treatment for retentive encopresis. J Pediatr Psychol. 2010;33:1144-51.
37 crianças americanas entre quatro e 12 anos com encoprese retentiva (“incontinência fecal por retenção”). |
Foram comparados dois tipos de tratamento durante seis a sete semanas: 1. intervenção comportamental e 2. Intervenção comportamental mais incentivo de ingestão de líquidos, sessão 3 = [idade (em anos) + 5] x 28 mL (1 onça)] e sessão 5 = [idade (em anos) + 10] x 28 mL (1 onça)]. Os dados clínicos e alimentares foram obtidos por: revisão de prontuários (retrospectivos 2005 e 2007); intervenção comportamental e incentivo para o aumento do consumo de água (prospectivos 2008 e 2009). As recomendações de consumo do volume de água foram explicadas com jogos e atividades adequadas à idade. As crianças receberam uma garrafa de 450 mL para auxiliar no controle do consumo de líquidos. |
O consumo de líquidos foi maior no grupo que recebeu incentivo específico para aumentar o consumo, na fase intermediária do tratamento (448 mL versus 224 mL) e na final (532 mL versus 280 mL) (p ≤ 0,001) A frequência de evacuações e de episódios de escape fecal na primeira semana foi igual nos dois grupos. Quando comparados o início e o fim do tratamento, o grupo com intervenção e incentivo apresentou diminuição na ocorrência de escape fecal (p ≤ 0,05) e tendência no aumento da frequência evacuatória (p = 0,08). |
Bae et al., 20102727 Bae SH, Son JS, Lee R. Effect of fluid intake on the outcome of constipation in children: PEG 4000 versus lactulose. Pediatr Int. 2010;52:594-7.
27 crianças coreanas entre dois e 14 anos com constipação intestinal |
Foram selecionados prontuários de crianças que estavam em uso de medicação (Polietilenoglicol-4000 e lactulose) para manutenção do controle de constipação intestinal. A dosagem dos medicamentos era estável por mais de três meses e os participantes apresentaram diário de evacuações, o qual continha informações sobre a frequência evacuatória, consistência das fezes e quantidade de líquidos consumidos. A recomendação de líquidos foi baseada no peso corporal. A avaliação da frequência evacuatória e da consistência das fezes foi feita através de um sistema de pontos. |
No grupo tratado com polietilenoglicol-4000 (N = 14) observou-se maior frequência de evacuação no período de maior consumo de líquidos comparado com o período de menor consumo (medianas de 27,7 e 25,1, respectivamente, p = 0,009) e menor consistência das fezes (mediana 20,0 e 15,0, respectivamente, p = 0,002). No grupo tratado com lactulose (N = 13), não foram observadas essas diferenças. |
Karagiozoglou-Lampoudi et al., 20123232 Karagiozoglou-Lampoudi T, Daskalou E, Agakidis C, Savvidou A, Apostolou Am, Vlahavas G. Personalized diet management can optimize compliance to a high-fiber, high-water diet in children with refractory functional constipation. J Acad Nutr Diet. 2012;112:725-9.
86 crianças gregas entre um e 11 anos com constipação intestinal de acordo com o critério da NASPGHAN (2006)77 Constipation Guideline Committee of the North American Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition. Evaluation and treatment of constipation in infants and children: recommendations of the North American Society for Pediatric Gastroenterology, Hepatology and Nutrition. J Pediatr Gastroenterol Nutr. 2006;43:e1-13.
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Participantes randomizados em dois grupos. Ambos os grupos foram tratados com administração de lactulose. Um grupo recebeu instruções escritas sobre a dieta, orientados pelo gastroenterologista, e no outro grupo uma nutricionista prescreveu dieta personalizada para sete dias, foram calculada as necessidades energéticas, de nutrientes, água e fibra alimentar. Avaliação da alimentação foi feita com o emprego de dois recordatórios de 24 horas, na primeira visita e após um mês, respectivamente. |
Após um mês de tratamento observou resposta favorável (frequência evacuatória ≥ 3 vezes por semana, ausência de evacuação dolorosa e ausência de fezes duras) em ambos os grupos. O grupo que recebeu dieta personalizada apresentou aumento no consumo de energia, carboidrato, lipídeos, fibra e água, enquanto que o outro grupo apresentou aumento apenas do consumo de fibra (p = 0,013). O grupo com intervenção dietética individualizada apresentou maior aumento no consumo de fibra alimentar (0,83 g/Kg/dia versus 0,24 g/Kg/dia; p = 0,001) e de água (29,9 mL/Kg/dia versus 1,89 mL/kg/dia; p < 0,001) comparado com o outro. |