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Capacidade preditiva de diferentes equipamentos de bioimpedância elétrica, com e sem preparo prévio, na avaliação de adolescentes

OBJETIVO: determinar a capacidade preditiva de quatro equipamentos distintos de bioimpedância elétrica (BIA) na avaliação de adolescentes, com e sem a realização de protocolo. MÉTODOS: estudo transversal realizado com 215 adolescentes de 10 a 14 anos, de ambos os sexos, avaliados através da antropometria e da composição corporal pelo DEXA e por quatro equipamentos distintos de BIA, com e sem protocolo. Foram utilizados os testes estatísticos: Kolmogorov-Smirnov, do Qui-quadrado, t-Student ou Mann-Whitney, Kruskal-Wallis, Wilcoxon e Índice Kappa. Foram construídas curvas ROC e calculados os valores de sensibilidade, especificidade e preditivos positivo e negativo. RESULTADOS: dos adolescentes, 44,2% apresentaram excesso de gordura corporal. A BIA tetrapolar, equipada com oito eletrodos táteis, demonstrou-se mais sensível e com resultados mais próximos ao DEXA (AUC = 0,964 com protocolo e AUC = 0,973 sem protocolo, p < 0,001), apresentando, também, maior concordância (k = 0,67 com protocolo, e k = 0,63 sem protocolo, p < 0,001). A avaliação sem protocolo foi semelhante ao DEXA na maioria das situações investigadas (p > 0,05). CONCLUSÃO: a BIA é um instrumento capaz de predizer distrofias relacionadas à gordura corporal de adolescentes. Na impossibilidade de realização do protocolo, seus resultados podem ser úteis em estudos populacionais.

Saúde do adolescente; Composição corporal; Impedância elétrica; Obesidade


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