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Parâmetros indicativos de persistência de patologia valvular no diagnóstico inicial de cardite reumática aguda: o papel da albumina e da expressão de CD19 Como citar este artigo: Oner T, Ozdemir R, Genc DB, Kucuk M, Karadeniz C, Demirpence S, et al. Parameters indicative of persistence of valvular pathology at initial diagnosis in acute rheumatic carditis: the role of albumin and CD19 expression. J Pediatr (Rio J). 2016;92:581-7.

Resumo

Objetivo:

Definir os preditores da cardite crônica em pacientes com cardite reumática aguda (CRA).

Métodos:

Os pacientes diagnosticados com CRA entre maio de 2010 e maio de 2011 foram incluídos no estudo. Foram feitos os testes de ecocardiografia, eletrocardiograma, uma análise do subgrupo de linfócitos, provas de fase aguda, níveis de albumina plasmática, antiestreptolisina-O (ASO) na manifestação inicial. As avaliações ecocardiográficas foram repetidas no 6º mês de acompanhamento. Os pacientes foram divididos em dois grupos de acordo com a persistência da patologia valvular no 6º mês como Grupo 1 e Grupo 2 e todos os parâmetros clínicos e laboratoriais na internação foram comparados entre dois grupos de comprometimento valvular.

Resultados:

Durante o período do estudo de um ano, 22 pacientes apresentaram doença valvular; 17 (77,2%) apresentaram regressão da patologia valvular. Houve desaparecimento de regurgitação moderada inicial em oito pacientes (36,3%). Entre sete (31,8%) pacientes com regurgitação moderada inicialmente, a regurgitação desapareceu em três e quatro apresentaram melhoria para regurgitação leve. Dois pacientes com regurgitação grave inicialmente apresentaram melhoria para regurgitação moderada (9,1%). Em cinco (22,8%) pacientes o grau de regurgitação (regurgitação moderada em um [4,6%] e regurgitação grave em quatro [18,2]) continuou inalterado. O nível de albumina foi significativamente menor no diagnóstico no Grupo 2 (2,6 ± 0,48 gr/dL). A análise do subgrupo de linfócitos mostrou uma redução significativa no percentual de CD8 e um aumento significativo no percentual de CD19 no Grupo 2 em comparação com o Grupo 1.

Conclusão:

O nível de albumina no sangue e o percentual de linfócitos CD8 e CD19 (+) no diagnóstico podem ajudar a prever risco de doença valvular crônica em pacientes com cardite reumática aguda.

PALAVRAS-CHAVE
Cardite reumática aguda; Albumina; CD8; CD19; Subtipos de linfócitos

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