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Tendência dos indicadores de aleitamento materno em uma cidade do Nordeste brasileiro

OBJETIVO:

Verificar a tendência dos indicadores de aleitamento materno (AM) em Feira de Santana, Brasil, e identificar características da população que possam ter influenciado essa tendência.

MÉTODOS:

Procedeu-se à análise de três inquéritos transversais, metodologicamente comparáveis, feitos em 1996, 2001 e 2009, que envolveram 2.159, 2.319 e 1.471 menores de um ano vacinados na campanha nacional de multivacinação desses anos. Usou-se questionário que continha questões sobre o consumo de leite materno e outros alimentos no dia anterior ao inquérito, além de perguntas sobre características da população.

RESULTADOS:

O acréscimo anual nos indicadores de AM foi de 2,1 pontos percentuais para o AM na primeira hora de vida (de 52,2% para 68,9%); 1,1 ponto para o AM em crianças de nove a 12 meses (de 45% para 59,6%); e de 0,8 ponto para o AM exclusivo (AME) em menores de seis meses (de 36,9% para 47,4%). A duração mediana do AME aumentou de 52 para 84 dias e a de AM de 278 para 376 dias. Observaram-se mudanças nas características da população, as quais podem ter influenciado a evolução dos indicadores do AM de forma positiva (melhor escolaridade das mães, decréscimo no uso de chupeta e menor prevalência de mães adolescentes) ou negativa (maior proporção de mães primíparas e de cesarianas e menor frequência de nascimentos em Hospital Amigo da Criança).

CONCLUSÃO:

Houve avanços significativos nos indicadores de AM em Feira de Santana, embora ainda estejam longe do ideal. Mudanças observadas nas características da população podem ter influenciado positiva ou negativamente essa evolução.

Aleitamento materno; Inquéritos nutricionais; Nutrição da criança; Estudos transversais; Indicadores básicos de saúde


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