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Internações e óbitos por coqueluche em crianças no período entre 1996 e 2013

RESUMO

OBJETIVOS:

Avaliar a tendência temporal de internações e óbitos por coqueluche em crianças brasileiras de 1996 a 2013.

MÉTODOS:

Trata-se de um estudo ecológico descritivo de tendência temporal, baseado no banco de dados Datasus. Foram extraídos os números de internações e de óbitos por coqueluche em crianças até 19 anos de janeiro de 1996 a dezembro de 2013. A estatística descritiva foi aplicada para análise de dados.

RESULTADOS:

No período estudado foram registradas 19.047 internações por coqueluche, das quais 88,2% foram de lactentes menores de um ano. De 1996 a 2010, o número médio anual de internações foi de 755 e oscilou entre o máximo de 1.179 em 2004 e o mínimo de 400 em 2010. Houve um acréscimo de internações nos últimos três anos consecutivos (2011, 2012 e 2013), com 1.177, 2.954 e 3.589 registros, respectivamente. Ocorreram 498 óbitos por coqueluche em todo o período estudado, dos quais 96,8% eram menores de um ano. Houve acréscimo no número de óbitos por coqueluche em crianças em 2011, 2012 e 2013, com 40, 93 e 87 registrados, respectivamente. O aumento de internações e óbitos por coqueluche em crianças ocorreu em todas as regiões do país e houve maior acréscimo nas regiões Sudeste e Norte-Nordeste.

CONCLUSÕES:

Houve um aumento substancial de internações e de óbitos por coqueluche em crianças por três anos consecutivos (2011, 2012 e 2013) em todas as regiões brasileiras. A faixa etária mais atingida foi a de menores de um ano.

Palavras-chave:
Coqueluche; Internação; Óbito; Estudo ecológico

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