Chiaretti et al. (2014)33
|
36.516 sedações em crianças entre um mês e 10 anos |
Coorte retrospectivo |
1-2 mg/kg a depender da idade e do procedimento a ser feito |
- Tempo médio de indução foi de 3 min - O tempo médio de despertar foi de 13 min Proporção de eventos adversos: - 0,05% - hipotensão com necessidade de intervenção - 0,4% - VPP - 0,04-0,2% - laringo ou broncoespasmo |
II |
| Koriyama et al. (2014)34
|
210 crianças entre 1 mês a 17 anos (média de idade 1,2 anos) |
Coorte retrospectivo |
Avaliação da segurança e eficácia do propofol em UTI pediátrica, em infusão contínua até 0,4 mg/kg/hora |
- Taxas mínima e máxima de infusão (inclusive doses em bolus) foram 0,5 e 7,8 mg/kg/h, respectivamente - Não houve mortalidade ou ocorrência de síndrome da infusão de propofol (SIP) |
II |
| Costi et al. (2015)35
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230 crianças entre 1-12 anos (idade média do grupo controle: 4,1 anos; propofol: 4,0 anos) |
Ensaio clínico randomizado |
3 mg/kg de propofol vs. midazolam (até 15 mg) para comparar proporção de agitação de emergência pós-operatória |
A incidência de EA foi menor no grupo propofol em diferentes escalas (29-39% vs. 7-15%; RR = 0,25; IC 95% 0,12-0,62; p < 0,001) |
I |
| Zhang et al. (2015)36
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40 crianças ASA I-II entre 2 meses e 12 anos) |
Série de casos, sem randomização ou grupo controle |
- Indução com 3 mg/kg de propofol e manutenção de 6 mg/kg/h associado ao remifentanil (ataque 1 mcg/kg; manutenção 0,25 mcg/kg/minuto) - Cada grupo (4 grupos de acordo com a faixa etária) foi avaliado desde o pré-operatório até o despertar, com as mesmas doses acima |
- Desde a indução anestésica até o despertar, não houve eventos adversos clinicamente relevantes |
V |
| Jager et al. (2015)37
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126 crianças (6-60 meses) |
Estudo prospectivo, randomizado, controlado, não cego |
- 1 a 6 mg/kg com ou sem infusão prévia de SF 20 mL/kg para sedações para RM ou avaliação do potencial evocado auditivo |
- Hipotensão foi detectada em 26 pacientes, sem diferença entre os dois grupos de pacientes que receberam ou não SF (p = 0,26) |
II |
| Kang et al. (2017)38
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20 crianças entre 3-7 anos (média de idade 5,0 ± 1,45) |
Coorte prospectivo |
- Administração pré-operatória de 1 mg/kg de midazolam IV; anestesia induzida com propofol IV (2 mg/kg) para avaliar o PTT (pulse transited time, ou tempo de distribuição do propofol de acordo com as alterações no tônus vascular) |
- O PTT aumentou após a injeção de propofol e atingiu um máximo após cerca de 17 minutos após aferição (166,2 ± 25,9 vs. 315,9 ± 64,9 ms). Isso mostra que a administração de propofol afetou o tônus vascular |
III |
| Scheier et al. (2015)39
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429 crianças (mediana de idade 6,8 anos) |
Coorte retrospectivo |
- Propofol 1 mg/kg + cetamina 1 mg/kg em procedimentos de pronto socorro |
- Em 52 procedimentos (12,1%) houve eventos adversos, inclusive 39 eventos hipóxicos (9,1%), 12 eventos apneicos (2,8%) e um caso de laringoespasmo (0,2%). - O aumento das doses de cetamina ou propofol não alterou os eventos adversos (p = 0,63; IC 95%, 0,52-2,97) |
II |
| Louvet et al. (2016)40
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62 crianças entre 4-14 anos |
Ensaio clínico randomizado |
- 1 mg/kg na indução e manutenção de 1 mg/kg/h comparando diferentes métodos para distinguir a melhor concentração plasmática de propofol guiada pelo BIS |
- A administração de propofol sem TCI, guiada por sinais clínicos, está associada a maior risco de superdosagem quando comparada à administração guiada pelo BIS, não encontrada grande diferença entre TIVA e TCI (dose média maior de 31 a 59% dos casos) |
I |
| Watt et al. (2016)41
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40 crianças entre 3-7 anos; média de idade grupo propofol: 5,1 anos) |
Ensaio clínico randomizado |
- 3 mg/kg/h em infusão contínua durante RM versus grupo que recebeu 1 mcg/kg/h de dexmedetomidina para comparar a perviedade das vias aéreas |
- FC, PAS e PaCO2 (esse último após o procedimento) não diferiram entre os dois grupos (p < 0,013 para cada análise univariada) - Não houve diferença no grau de colapso das vias aéreas entre os 2 grupos nas vistas sagitais ou axiais |
II |
| Ozturk et al. (2016)42
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68 crianças de um a 8 anos (média de idade 3 anos no grupo propofol) |
Ensaio randomizado, duplo cego e controlado |
- Grupo C (0,5mg/kg cetamina); Grupo P (0,5 mg/kg propofol) e Grupo S (SF 0,1 mL/kg) para avaliar a tosse e a agitação emergencial - AE - pós-administração de sevoflurano em crianças submetidas à broncoscopia) |
- A porcentagem de crianças com tosse moderada ou grave durante a emergência foi semelhante em todos os grupos - Os escores médios de delirium no momento da emergência foram significativamente menores no grupo C do que no grupo P e no grupo C (p = 0,0001) |
II |
| Sriganesh et al. (2017)43
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72 crianças de 1- 6 anos (média de idade do grupo propofol 3,2 anos) |
Ensaio clínico randomizado sem cegamento |
- Avaliar as dimensões das vias aéreas durante a sedação com propofol e dexmedetomidina para ressonância magnética em crianças com deficiências neurológicas (doses respectivas 2 mg/kg e 2 mcg/kg/min) |
Não houve diferença significativa nas dimensões das vias aéreas entre os grupos dexmedetomidina e propofol |
II |
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- Complicações das vias aéreas foram menos frequentes e a qualidade da sedação foi melhor com dexmedetomidina em crianças com deficiência neurológica |
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| Jain et al. (2017)44
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80 crianças (3- 10 anos; grupo propofol - 39 pacientes) |
Ensaio clínico randomizado sem cegamento |
- Comparar o perfil de recuperação em pacientes pediátricos submetidos a cirurgias ambulatoriais que receberam anestesia geral com desflurano (2-8%) e propofol (100-150 mcg/kg/min) como anestésicos de manutenção |
- Desflurano e propofol forneceram perfis de recuperação semelhantes em crianças ASA I e II |
II |
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- Diferença na FC no grupo propofol foi estatisticamente significativa durante a maior parte do tempo cirúrgico (p = 0-0,02) |
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Tempo de despertar e liberação e eventos respiratórios foram estatisticamente iguais nos dois grupos (p = 0,12) |
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| Bhatt et al. (2017)45
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6.295 criancas < 18 anos (idade média de 8 anos) |
Estudo de coorte prospectivo, multicêntrico e observacional |
- 1,5-3,2 mg/kg propofol vs. ketamina 0,9-1,5 mg/kg vs. fentanil 1 mcg/kg, comparando EAs em crianças submetidas a diversos procedimentos fora do centro cirúrgico |
- Eventos adversos ocorreram em 736 pacientes (11,7%). A dessaturação de oxigênio (353 pacientes) e os vômitos foram os mais comuns desses eventos adversos - Houve 69 eventos adversos graves (EAGs) (1,1%) e 86 pacientes (1,4%) necessitaram intervenção - EAGs - OR para o propofol 5,6; OR para cetamina e fentanil 6,5, ambos com p < 0,05 |
I |
| Indra et al. (2017)46
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50 crianças (2-18 anos; média de idade 9 anos) |
Estudo prospectivo longitudinal |
2 mg/kg (1-9 mg/kg) para avaliar se a sedação de procedimentos de curta duração em crianças com propofol está relacionada à síndrome da infusão do propofol (SIP) medida pelo lactato sérico |
- A dose média de propofol por paciente foi de 8,2 mg/kg - O maior valor medido de lactato foi 1,8 mmol/L. Os valores médios de lactato pré e pós-procedimento de lactato foram 1,0 (0,3) e 0,7 (0,2) (p < 0,001) |
II |
| Karacaer et al. (2018)47
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70 crianças (2-16 anos) |
Ensaio clínico randomizado em pacientes para colonoscopia |
Comparação entre cetamina + remifentanil (2 mg/kg e 0,25 mcg/kg respectivamente) e propofol + cetamina (1 mg/kg e 2 mg/kg) |
- Melhor sedação intraoperatória e menor necessidade de analgesia de resgate no grupo C+P |
II |
| Kang et al. (2018)48
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218 pacientes menores de 3 anos (109 pacientes no grupo propofol e 109 no grupo controle) |
Estudo retrospectivo |
- Avaliar a segurança e eficácia do propofol para manutenção da anestesia com infusão controlada em comparação com a anestesia inalatória por avaliação de dados clínicos de pacientes abaixo de 3 anos |
- Diferença na proporção de pacientes que apresentaram diminuição da PAS (p < 0,001) e FC (p = 0,03) sob uso de propofol, mas não houve diferença na PAD (p = 0,238) ou na PAM (p = 0,175) durante cirurgia |
II |
| Narula et al. (2018)49
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5 meses a 18 anos |
Revisão sistemática e metanálise de 625 artigos |
- O objetivo deste estudo foi avaliar e comparar a segurança da sedação com apenas propofol (0,5 - 3 mg/kg) para procedimentos de endoscopia gastrointestinal com outros regimes anestésicos na população pediátrica |
A análise por subgrupos não foi estatisticamente significativa entre as complicações cardiovasculares e respiratórias (odds ratio total 1,31; IC 95% 0,57-3,04, p = 0,08) |
I |
| Kang et al. (2018)50
|
58 crianças (média 4,5 anos) |
Coorte retrospectivo |
Indução com 2 mg/kg seguida de infusão contínua de 250 mcg/kg/min) para avaliar o desenvolvimento de tolerância ao propofol usado para sedação profunda repetida em crianças submetidas à terapia de radiação de prótons (PRT) |
- 74% dos pacientes não desenvolveram tolerância após repetidas redações com propofol durante semanas - Não houve diferenças significativas entre as crianças que desenvolveram tolerância e as crianças que não desenvolveram tolerância na dose média de propofol e tempo de despertar ao longo do tempo (p = 0,887 e p = 0,652, respectivamente) |
III |
| Kara et al. (2018)51
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Crianças de 5- 18 anos (119 no grupo propofol) |
Estudo prospectivo e multicêntrico |
Dose inicial de propofol de 2 mg/kg e adicional de 0,5 mg/kg a cada 3-5 min, para medir o nível de cortisol salivar (SCL) e nível de ansiedade em pacientes submetidos à EDA |
O SCL pós-EGD foi superior ao nível basal (p = 0,03). Os níveis de ansiedade dos pacientes foram positivamente correlacionados com a dose de propofol por peso, propofol dose por minuto e duração da sedação e recuperação e negativamente correlacionados com a idade |
I |
| Biricik et al. (2018)52
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75 crianças entre 3- 12 anos |
Estudo randomizado, prospectivo, duplo cego |
- Avaliar o efeito da TIVA com diferentes proporções de cetofol (cetamina-propofol) na recuperação em crianças. Proporções de 1:5, 1:6,7 e 1:10 mg/kg de cetamina-propofol foram preparadas na mesma seringa para os grupos I, II e III, respectivamente |
- O tempo de extubação foi significativamente menor no grupo 1:5 [média de 254,3 ± 92,7 seg. (p = 0,001)] no grupo I do que nos grupos II e III [371,3 ± 153 seg. e 343,2 ± 123,7 seg.), respectivamente] - O tempo de permanência na SRPA foi menor no grupo I [mediana 15 min (p = 0,001)] do que nos grupos I e II: 20 e 20 min., ambos. respectivamente |
II |
| Hayes et al. (2018)53
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56 crianças entre 3-12 anos |
Ensaio clínico randomizado |
Combinação de 3 doses de propofol (0,25, 0,5 e 1 mg/kg) associados à cetamina para avaliar grau de anestesia adequado durante endoscopia |
O uso de sedação adjuvante ao propofol em dose de 1 mg/kg em comparação com os grupos de foi significativamente menor (p < 0,008) |
II |
| Kocaturk et al. (2018)54
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120 crianças (3-6 anos, com média de 4,67 anos no grupo propofol) |
Ensaio clínico randomizado |
Dois grupos - indução com óxido nitroso e 1,5 mcg/kg de remifentanil + manutenção com sevoflurano; outro grupo induzido com 2,5 mg/kg de propofol e mantido com propofol (TIVA) durante procedimentos cirúrgicos dentários |
- A incidência de EA foi maior após sevoflurano do que após a TIVA (65,5 vs. 3,4%, p = 0,00) - Maior dor pós-operatória foi observada no grupo SEVO (mediana escore FLACC 3 vs. 1, p = 0,000) - Um maior nível de satisfação dos pais foi observado no grupo TIVA |
I |
| Karanth et al. (2018)55
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80 crianças (1- 10 anos; média no grupo propofol 5,5 anos) |
Ensaio clínico randomizado |
3 mg/kg vs. sevoflurano 8% na indução anestésica para comparar a proporção de intubações (IOT) sem bloqueadores neuromusculares em palatoplastias |
- Melhores condições de IOT no grupo sevoflurano: menos tosse e movimentação e menor pontuação em escores de facilidade para IOT (p < 0,002) - Sem diferença nas alterações de PA, FC ou FR |
II |
| Koch et al. (2018)56
|
57 crianças de 0,5-8 anos (média por grupo propofol - 57,6 meses) |
Coorte prospectivo observacional |
Indução com propofol 6 mg/kg ou sevoflurano 6% para posterior comparação nos traçados de EEG durante procedimentos cirúrgicos |
Descargas epileptiformes foram observadas em 36% das crianças no grupo propofol, contra 67% no grupo sevoflurano (p = 0,03) |
II |
| Nagoshi et al. (2018)59
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306 crianças (1 mês-20 anos; 74 crianças no grupo propofol) |
Coorte retrospectivo |
Três grupos - propofol apenas (P) 3,1 mg/kg; dexmedetomidina apenas (D) 0,5 mcg/kg ou ambos (PD) em exames de RM |
- Dose total do propofol foi maior no grupo P comparado ao P+D (182 vs. 147 mcg/kg/minuto; p < 0,001) - PAM significativamente menor no grupo P comparado ao P+D (p = 0,004) |
II |
| Ramgolam et al. (2018)57
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300 crianças até 8 anos (idade média no grupo: propofol 4,5 anos) |
Ensaio clínico randomizado |
Comparação entre sevoflurano a 8% e 55% N2O em O2 por 20-30 seg ou propofol 3-5 mg/kg para avaliação de eventos adversos respiratórios perioperatórios |
Melhores resultados no grupo propofol (eventos adverso respiratórios perioperatórios: 39/149 [26%] vs. 64/149 [43%], [RR]: 1,7; IC 95% 1,2-2,3; p = 0,002; eventos adversos respiratórios na indução: 16/149 [11%] vs. 47/149 [32%], RR: 3,06; IC 95%: 1,8 - 5,2, p < 0,001) |
I |
| Schmitz et al. (2018)58
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347 crianças (entre um mês e 11 anos) |
Ensaio clínico duplo cego randomizado |
Grupo 1 - 1 mg/kg de cetamina e propofol 5 mg/kg/h; grupo 2 recebeu apenas propofol 10 mg/kg/h para sedação para RRM eletiva |
- O tempo de recuperação no grupo 1 foi significativamente menor - 38 (22-65) minutos, em comparação com 54 (37-77) minutos no grupo 2 (diferença entre medianas de 14 minutos (IC 95%: 8-20) minutos; p < 0,001) - Grupo 2 apresentou maior EA - Sem eventos adversos significativos nos dois grupos |
II |