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Ensaio clínico, aberto, controlado sobre a adição de brometo de ipratrópio ao fenoterol no tratamento da crise de asma em adultos

Open, controlled clinical assay of the addition of ipratropium bromide to fenoterol in the treatment of acute asthma crisis in adults

No tratamento da crise de asma, empregam-se doses repetidas de drogas b2-agonistas por via inalatória. O efeito da adição do brometo de ipratrópio (BI) ao b2-agonistas é controverso em adultos. OBJETIVO: Avaliar se adição de BI ao fenoterol, em tratamentos inalatórios repetidos, induz a maior broncodilatação, com reversibilidade da crise e alta da emergência em pacientes em crise grave de asma. LOCAL DO ESTUDO: Serviço de Pronto-Atendimento de Pneumologia, Disciplina de Pneumologia da Unifesp-Hospital São Paulo, no período de julho de 1995 a fevereiro de 1997. TIPO DE ESTUDO: Aberto, randomizado, paralelo. Alta da emergência determinada pelo VEF1 e PFE > 60% do previsto. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Cento e vinte pacientes em crise de asma foram divididos em dois grupos (N = 60): fenoterol (F) e brometo de ipratrópio + fenoterol (BIF) com VEF1 e PFE < 50% do previsto. Cada grupo recebeu três tratamentos inalatórios, através de nebulímetro e câmara de expansão, administrados em intervalos de 30 minutos. No grupo F foram administrados 4 jatos de fenoterol (400mcg) e no grupo BIF, 160mcg de BI e 400mcg de fenoterol (4 jatos). RESULTADOS: A média (± DP) do PFE basal (F = 36 ± 7% vs. BIF = 35 ± 9% previsto) e do VEF1 basal (F = 33 ± 9% vs. BIF = 32 ± 9%). Trinta e dois pacientes no grupo F e 33 pacientes no grupo BIF tiveram alta após tratamentos inalatórios. O VEF1 e PFE ao final dos tratamentos inalatórios foram, respectivamente, F = 60 ± 13% vs. BIF = 61 ± 11% e F = 74 ± 18% vs. BIF = 77 ± 13% (NS). CONCLUSÃO: A adição de brometo de ipratrópio ao fenoterol resulta em efeito funcional insignificante e sem impacto clínico no tratamento da crise de asma em adultos.

Fenoterol; N-isopropilatropina; Estado asmático; Terapia respiratória


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