Panorama geral: Considerando a dificuldade de estabelecer o diagnóstico de tuberculose na infância, estudaram-se três critérios diagnósticos publicados na literatura nos últimos 20 anos, avaliando suas sensibilidades, especificidades e acurácias. Casuística e métodos: Prospectivamente, foram avaliadas 94 crianças de zero a 15 anos, comunicantes intradomiciliares de adultos tuberculosos bacilíferos, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias, RJ. Os critérios estudados foram os de Kenneth Jones, descritos por Stegen et al.(1), da Organização Mundial da Saúde (OMS)(2) e de Keith Edwards relatados por Crofton et al.(3). Resultados: Dos critérios estudados, os de Keith Edwards foram os que mostraram maior sensibilidade e especificidade, alcançando, respectivamente, 84% e 97%. Os critérios da OMS mostraram especificidade de 100%; no entanto, sua sensibilidade foi zero. Os critérios de Kenneth Jones alcançaram sensibilidade de 56% e especificidade de 94%. Conclusões: Em regiões carentes, como a localidade deste estudo, onde são necessárias condutas de fácil operacionalização, os critérios estudados mostraram-se adequados para captação de casos de tuberculose entre crianças comunicantes de tuberculosos. Dos três, os de Keith Edwards foram mais úteis, embora possam ser recomendadas algumas modificações para melhor adaptação ao nosso meio.
Tuberculose; Criança; Centros comunitários de saúde