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Dor em cantores populares

OBJETIVO: Identificar e caracterizar a presença de dores corporais em cantores populares, verificar se há diferença no relato de dor de acordo com o gênero e relacionar com dados referentes a questões vocais e de uso da voz desta população. MÉTODOS: Aplicou-se um questionário autoexplicativo em 100 cantores populares (50 homens e 50 mulheres) que investigou questões referentes a identificação pessoal, uso de voz e presença de dor. As dores foram divididas em dois grupos: dores proximais (ATM, língua, garganta, nuca, ombros, pescoço e para falar) e dores distais (braços, costas/coluna, peito, mãos, ouvido e dor de cabeça). RESULTADOS: A média da presença de dor referida entre os cantores populares foi de 2,9 dores. Não houve diferença no relato de dor de acordo com o gênero. As dores predominantes foram dor de garganta (66%), dor ao falar (41%) e dor no pescoço (35%), todas classificadas como proximais à laringe. As dores menos predominantes foram dor nos braços, mãos e peito (4%), sendo todas estas classificadas como distais. CONCLUSÃO: Cantores populares referem presença de dores corporais, principalmente proximais à região da laringe. Não há diferença no relato de dor de acordo com o gênero. Há relação entre a presença de dor corporal e presença de problemas vocais, necessidade de parar de cantar, falta de treinamento vocal e procura de otorrinolaringologista e fonoaudiólogo por problemas de voz. Estes dados justificam uma investigação e valorização de sintomas de dor pelos profissionais que atendam a esta população.

Dor; Voz; Distúrbios da voz; Treinamento da voz; Música


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