Resumo:
Sob altas temperaturas, sementes de alface não germinam, resultando em problemas para o estabelecimento da cultura em condição de campo. Esse trabalho analisou a possibilidade de presença de efeito maternal na termotolerância em sementes de alface e buscou marcadores enzimáticos para tal. Usaram-se as cultivares Everglades (tolerante) e ‘Verônica’ (sensível), bem como seus híbridos recíprocos e a geração F2. As sementes foram analisadas quanto à germinação, bem como atividade enzimática (catalase, superóxido dismutase, ascorbato peroxidase e endo-β-mananase). O percentual de germinação; (primeira contagem e final), bem como a velocidade (IVG) foram analisados por meio de ANOVA e teste de Tukey. A cultivar Everglades e seus híbridos recíprocos não foram influenciados pela germinação em alta temperatura quando comparados com os outros tratamentos. Além disso, o efeito maternal foi observado na geração F1. Altas temperaturas interferem na atividade de todas as enzimas analisadas nesta pesquisa, consequentemente também nos parâmetros fisiológicos. Contudo, a superóxido dismutase e a endo-β-mananase tiveram suas variações altamente correlacionadas com as mudanças nos parâmetros fisiológicos. O presente trabalho evidenciou o efeito materno para a termotolerância em sementes de alface, bem como o uso da superóxido dismutase e endo-β-mananase como marcadores enzimáticos para tal característica.
Termos para indexação:
isoenzimas; altas temperaturas; Lactuca sativa L.; termoinibição