Resumo:
Buchenavia tomentosa produz frutos com função ecológica para a fauna do Cerrado. Objetivou-se, neste trabalho, quantificar a germinação e o comportamento das sementes em condições térmicas e esclarecer a absorção de água pela estrutura de dispersão de B. tomentosa. Frutos maduros foram despolpados, o endocarpo removido, e as sementes utilizadas nos testes de germinação, às temperaturas de 10 a 45 °C. As sementes foram colocadas em rolos de papel e em seguida em câmaras de germinação sob doze horas de fotoperíodo. Modelos de germinação em temperaturas sub e supra ótimas foram obtidos por meio da taxa de germinação (Tg), a partir do tempo para germinação de 50% das sementes (t50). Índice de velocidade de germinação (GSI), medidas dos comprimentos e massas secas da parte aérea e raiz das plântulas em cada temperatura foram obtidos. A curva de embebição de água das sementes com ou sem endocarpo aderido foi avaliada, e outras amostras testadas quanto à emergência em areia. As temperaturas cardinais foram: temperatura base (Tb) de 9,23 °C; máxima (Tmax) de 44,6 °C; ótima (To) de 29,24 °C e soma térmica de 89,71 °C.days. As plântulas apresentaram maior comprimento das raízes e parte aérea e maior massa seca das raízes na temperatura ideal. O endocarpo retarda, mas não impede a absorção de água e emergência das sementes.
Termos para indexação:
mirindiba-do-Cerrado; boca-boa; modelo térmico; modelos de germinação; endocarpo