Este trabalho tem por objetivo estimar os custos pagos pela sociedade impostos pela atual frota autônoma de caminhões da agropecuária nacional. Para isto, foram consideradas as seguintes externalidades negativas: poluição ambiental, especialmente, a poluição do ar, e acidentes nas estradas. Somando-se a essas externalidades foi considerado o valor do frete pago pelos usuários dos serviços de transporte como uma pseudoexternalidade. O artigo interessa-se por três commodities agrícolas: soja, café em saca e boi em pé. Para o cômputo da externalidade proveniente da poluição ambiental foi utilizado o método dos custos evitados (gastos preventivos). Com relação aos custos sociais dos acidentes nas estradas foram adotados resultados do relatório realizado pelo IPEA (2006). O custo relativo ao frete foi calculado pela diferença entre o valor do frete para a frota na idade de 23 anos e o valor do frete para a frota na idade econômica, isto é, pode-se considerar essa diferença como um fator de ineficiência. Enfim, os três custos somados montam, aproximadamente, R$ 27 mil por caminhão/ano, correspondendo a aproximadamente 15% do preço de um caminhão novo com tecnologia não-poluidora.
frota autônoma de caminhões; mensuração do custo social; idade econômica