Resumo
Contexto
A arterialização venosa tem sido adotada com bons resultados como estratégia para salvar membros em isquemia crítica sem leito arterial distal. No entanto, os mecanismos pelos quais a irrigação das extremidades ocorre permanecem desconhecidos.
Objetivos
Desenvolver um modelo experimental para testar hipóteses que podem explicar os mecanismos de nutrição em arterialização venosa.
Métodos
Onze porcos foram submetidos a um período de isquemia seguida de reperfusão do membro posterior, realizada por arterialização venosa, com interposição de condutos preenchidos com 10 mL (cinco animais - grupo 1) e 1 mL (seis animais - grupo 2) de tinta da China. Após a eutanásia, os membros foram amputados e submetidos a análise histológica.
Resultados
Na microscopia óptica, o pigmento foi encontrado no lúmen de arteríolas de seis (55%) dos 11 porcos utilizados no experimento; quatro (80%) de cinco animais eram do grupo 1 e dois (33%) de seis animais eram do grupo 2.
Conclusões
O modelo experimental utilizado foi capaz de testar a hipótese. A presença de tinta da China no lúmen arteriolar mostra que é possível alcançar o vaso arterial por meio de arterialização venosa.
Palavras-chave:
isquemia; fístula arteriovenosa; microcirculação