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Associação entre isquemia crítica do membro e rigidez arterial medida por oscilometria da artéria braquial

Resumo

Contexto

A rigidez arterial aumentada está associada ao aumento da mortalidade cardiovascular. A relação entre rigidez arterial e isquemia crítica do membro (IC) não está bem estabelecida.

Objetivos

O objetivo deste estudo é analisar a relação entre índices de rigidez arterial e o grau de isquemia de membro medido pelo índice tornozelo-braço (ITB).

Métodos

Foi feito um estudo transversal em pacientes com IC e controles. A rigidez arterial foi medida usando a oscilometria da artéria braquial. Os índices de rigidez arterial mensurados foram a velocidade de onda de pulso (VOP) e o índice de aumentação corrigido para a frequência cardíaca de 75 batimentos/min (AIx@75). Regressão linear múltipla foi aplicada para identificar preditores dos índices de rigidez arterial.

Resultados

Pacientes do grupo IC tiveram VOP (12,1±1,9 m/s vs. 10,1±1,9 m/s, p < 0,01) e AIx@75 (31,8±7,8% vs. 17,5±10,8%, p < 0,01) maiores que controles. Pressão sistólica central foi maior no grupo IC (129,2±18,4 mmHg vs. 115,2±13,1 mmHg, p < 0,01). Houve uma relação inversa entre o AIx@75 e o ITB (coeficiente de Pearson = 0,19, p = 0,12). A análise de regressão múltipla mostrou que o ITB reduzido foi um preditor de elevação do AIx@75 (β = -25,02, p < 0,01).

Conclusões

Pacientes com IC têm elevada rigidez arterial medida por oscilometria da artéria braquial. O grau de isquemia do membro, medido pelo ITB, é um preditor do AIx@75 elevado. O aumento do AIx@75 na IC pode ter implicações de prognóstico no grupo de pacientes com aterosclerose avançada.

Palavras-chave:
rigidez arterial; doença arterial periférica; análise da onda de pulso; índice tornozelo-braço

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