Resumo
As alterações na microbiota intestinal podem modular mecanismos envolvendo fatores de risco para doenças cardiovasculares, incluindo as dislipidemias. O objetivo foi revisar os efeitos da suplementação de probióticos na prevenção e no tratamento de alterações do perfil lipídico. As pesquisas foram feitas na base de dados PubMed, com os descritores “probiotics and lipid profile” e “probiotics and dyslipidemia”, em artigos publicados entre 2013 e 2018. A suplementação com probióticos reduziu significativamente o colesterol total, o colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) e os triglicerídeos, assim como aumentou o colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade). Alguns benefícios foram observados sobre variáveis antropométricas, de controle glicêmico, de estresse oxidativo, de inflamação e do sistema imune. O presente estudo sugere que a suplementação de probióticos seja indicada como tratamento coadjuvante às dislipidemias. Novos estudos devem ser desenvolvidos com a finalidade de esclarecer os efeitos de longo prazo, assim como a influência dos probióticos em associação com o tratamento medicamentoso.
Palavras-chave: dislipidemias; hipercolesterolemia; probióticos
Abstract
Alterations in the intestinal microbiota can modulate mechanisms involving risk factors for cardiovascular diseases, including dyslipidemias The objective was to review the effects of probiotic supplementation on the prevention and treatment of changes to the lipid profile. The searches were run on the PubMed database, using the descriptors “probiotics and lipid profile” and “probiotics and dyslipidemia,” with publication dates restricted to 2013 to 2018. Supplementation with probiotics significantly reduced total cholesterol, LDL-c, and triglycerides and increased HDL-c. Some benefits were observed on anthropometric variables, glycemic control, oxidative stress, inflammation, and immune system. The present study suggests that probiotic supplementation should be indicated as adjunctive treatment for dyslipidemias. Further studies should be developed to clarify long-term effects, as well as the influence of probiotics in combination with drug therapy.
Keywords: dyslipidemias; hypercholesterolemia; probiotics
Introdução
O processo de urbanização e a consequente mudança no estilo de vida contribuíram para o aumento substancial de doenças crônicas, principalmente as doenças cardiovasculares (DCVs). Essas são a maior causa de mortes no mundo, gerando grandes prejuízos econômicos e no setor da saúde1. O acúmulo de gordura, principalmente visceral, através de complexas interações genéticas e ambientais está associado à inflamação sistêmica subclínica e aos diversos fatores de risco para o desenvolvimento de tais doenças2. Entre os fatores de risco, a hipercolesterolemia, a hipertrigliceridemia, o aumento da concentração de lipoproteína de baixa densidade (low-density lipoprotein, LDL) e a redução dos níveis de lipoproteína de alta densidade (high-density lipoprotein, HDL) constituem alvos importantes para a prevenção de DCV3,4.
Considerada importante reguladora do estado metabólico, a microbiota intestinal (MI) exerce diversas reações bioquímicas5. Segundo Huttenhower et al.6, a MI está ligada diretamente à manutenção da saúde, seja intestinal ou sistêmica. Sua instabilidade, chamada disbiose, pode alterar diretamente o desenvolvimento e as complicações de várias doenças, especialmente as doenças crônicas não transmissíveis. Na síndrome metabólica e nas DCVs, situações em que as dislipidemias podem estar presentes, existem mudanças na composição e na função da MI.
Indivíduos hipercolesterolêmicos, quando comparados aos indivíduos controles, possuem uma menor diversidade bacteriana da MI. Além disso, observa-se também uma diferença no perfil desses microrganismos, o que sugere um possível papel da MI no desenvolvimento da hipercolesterolemia7. A manipulação da MI com probióticos resulta em vários benefícios ao hospedeiro8,9. Eles já são utilizados na medicina humana, tanto na prevenção quanto no tratamento de doenças, através do controle da MI10.
O efeito hipocolesterolêmico dos probióticos tem sido investigado in vitro e in vivo, e controvérsias foram observadas11. Assim, sob a necessidade e a importância de novos métodos terapêuticos para controle e melhora do perfil lipídico a fim de auxiliar no tratamento de dislipidemias e de outras doenças crônicas não transmissíveis, o objetivo deste estudo foi revisar os efeitos da suplementação de probióticos na prevenção e no tratamento de alterações do perfil lipídico.
Métodos
Trata-se de uma revisão sistemática cuja pesquisa foi realizada na base de dados PubMed utilizando a combinação dos descritores “probiotics and lipid profile” e “probiotics and dyslipidemia”, no período de publicação entre janeiro de 2013 e março de 2018. Foram incluídos estudos do tipo ensaio clínico publicados na língua inglesa, com indivíduos de faixa etária acima de 18 anos. Os critérios de exclusão utilizados foram para estudos com gestantes e lactantes.
Resultados
Foram encontrados 28 ensaios clínicos publicados na íntegra. Após a utilização dos critérios de exclusão para estudos realizados com gestantes e lactantes, a remoção de estudos duplicados e a leitura de títulos, resumos e artigos na íntegra, foram incluídos 14 ensaios clínicos. O fluxograma do método PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses) foi utilizado para detalhar o processo de seleção dos artigos, conforme a Figura 1.
Os artigos incluídos analisaram a influência dos probióticos no perfil lipídico, conforme descrito no Tabela 1 12-25. Entretanto, nem todos os estudos avaliaram esses marcadores de maneira primária15,16,17,22.
Os gêneros mais utilizados nos grupos tratados com probióticos foram Lactobacillus com 11 estudos e Bifidobacterium com seis estudos. Utilizaram também os gêneros Saccharomyces, Streptococcus e Enterococcus, com apenas um estudo cada. Os estudos propuseram avaliar os efeitos dos probióticos sobre o perfil lipídico e outras variáveis. Alguns alocaram indivíduos em grupos de tratamento com os probióticos isolados e com adição de outros compostos, possibilitando a visualização dos efeitos com e sem sua adição14,15,23. Já Kullisaar et al.21 não apresentaram grupos distintos para essa comparação. Dos ensaios clínicos analisados, todos apresentaram amostra reduzida, com predominância de indivíduos dislipidêmicos, e curta duração, variando de 15 dias até 12 semanas.
Discussão
A suplementação com probióticos reduziu significativamente o colesterol total (CT), o colesterol LDL (LDL-c)13,18,21,23,25 e os triglicerídeos (TG)12,15,18,21,23 e aumentou o colesterol HDL (HDL-c)15,18,23. Outros estudos observaram efeitos significativos apenas na associação dos probióticos com outro tratamento. As isoflavonas de soja e os probióticos apresentaram efeitos sinérgicos significativos, não observados nos grupos com a suplementação isolada14. Além disso, a prática de exercício físico associada ao uso de produto fermentado com probióticos promoveu o aumento do HDL-c17. Tonucci et al.25 verificaram que apenas o grupo controle aumentou CT, LDL-c e TG, sugerindo um efeito protetor dos probióticos.
Uma metanálise de 11 artigos verificou uma redução de CT e LDL em indivíduos com níveis normais, limítrofes e altos de colesterol26. Outra metanálise verificou efeito positivo dos probióticos no CT27. Devido à grande heterogeneidade, os autores conduziram uma análise de subgrupos e concluíram que o grupo com CT maior que 200 mg/dL teve melhor resposta ao tratamento com probióticos27. Indivíduos com hipertrigliceridemia também apresentaram maior redução dos lipídios12. Ivey et al.20 justificaram que seus resultados não mostraram diferenças significativas quanto ao perfil lipídico devido aos níveis iniciais de CT serem considerados menores do que em outros estudos.
Outras variáveis menos comumente relacionadas ao perfil lipídico também foram estudadas. A exposição de LDL-c a agentes oxidativos é verificada no processo de aterosclerose, produzindo partículas de LDL oxidada (oxLDL) e LDL eletronegativa28. Indivíduos hipercolesterolêmicos, após consumo de produto fermentado de soja com isoflavonas, reduziram de modo significativo a LDL eletronegativa14. Os achados de Fuentes et al.18 e Kullisaar et al.21 mostraram uma melhora na oxLDL. Observou-se que as lipoproteínas remanescentes (RLP) apresentaram alto potencial aterogênico29, sugerindo que o consumo de Saccharomyces boulardii reduziu o seu número24.
Diversos fatores influenciam o tempo necessário para beneficiar o hospedeiro em relação ao perfil lipídico. Com 15 dias, foi averiguada melhora significativa no perfil lipídico apenas com associação do koumiss, produto fermentado com leite de égua, à prática de exercício físico17. O treinamento físico já é bem reportado para prevenção e controle da dislipidemia30. Childs et al.15 visualizaram em 21 dias um aumento significativo no HDL-c com o simbiótico quando comparado ao placebo. No estudo de Kullisaar et al.21, foram observados efeitos benéficos com 4 semanas de intervenção, mas não é possível afirmar que o papel isolado do L. fermentum ME-3 tenha efetividade devido à adição de outros compostos.
A estimativa de tempo necessário para visualização de resultados mais expressivos com o uso exclusivo de probióticos parece ser de 6 semanas23,25. Entretanto, Fuentes et al.18 visualizaram diferenças significativas entre os grupos apenas no período de 12 semanas, fato não observado na metade do estudo. Além disso, foi observado que um intervalo de 4 semanas de interrupção de tratamento, após 12 semanas de uso, diminuiu os efeitos benéficos no perfil lipídico, que ainda assim foram maiores que no grupo placebo18. Assim, a suplementação contínua parece favorável e, caso interrompida em até 1 mês, consegue surtir o efeito desejável.
Alterações significativas foram observadas em relação a medidas antropométricas. Gomes et al.19 encontraram benefício adicional dos probióticos sobre a circunferência da cintura, índice de conicidade e relação cintura-altura em comparação com o grupo que foi tratado apenas com a dieta. A redução do índice de massa corporal (IMC) foi observada por Bernini et al.13 em relação aos valores iniciais.
A associação entre obesidade, distúrbios metabólicos e inflamação é demonstrada na literatura31. A melhora de marcadores inflamatórios foi demonstrada em alguns estudos. Portadores de diabetes melito tipo 2 (DM2) que consumiram leite fermentado sem probióticos apresentaram redução de interleucina-10 (IL-10) (p=0,001) e tendência de redução de adiponectina (p=0,07), ambas com papel anti-inflamatório. Essa redução não foi observada no grupo que consumiu os probióticos, evidenciando efeito protetor com a suplementação25. Os níveis séricos de proteína C reativa ultrassensível (PCR-us) e interleucina-6 (IL-6) foram reduzidos em indivíduos saudáveis (p<0,05)21. Em 45 dias de tratamento com probióticos, Bernini et al.13 revelaram redução significativa no fator de necrose tumoral alfa (TNF-α) e IL-6. O estudo que utilizou maior dose reportou diminuição significativa na PCR-us com os probióticos, enquanto o grupo que consumiu ômega-3 não alcançou o mesmo impacto23. A MI saudável atenua a translocação de lipopolissacarídeos (LPS), induzindo menor número de citocinas inflamatórias. Entretanto, os benefícios encontrados não foram associados com a melhora do perfil inflamatório. Os autores sugerem que sujeitos expostos a maior grau de inflamação podem obter melhores resultados19.
Uma revisão sistemática com 11 artigos concluiu que o tratamento com probióticos auxilia no tratamento do DM2, melhorando diversos parâmetros relacionados ao controle glicêmico32. No presente estudo, observou-se que Tonucci et al.25 mostraram tendência de redução na hemoglobina glicada (HbA1c) (p=0,06) em comparação com o grupo controle. Kullisaar et al.21 observaram melhora significativa na HbA1c. A glicemia de jejum e os níveis de insulina foram reduzidos nos grupos com suplementação de probióticos, ômega-3 e ambos (p<0,05)23.
Efeitos adicionais, além dos objetivos do estudo, foram observados. Existem mecanismos oxidativos nos processos envolvidos na DCV33. Assim, a melhora nas defesas antioxidantes previne os danos gerados em macromoléculas, assim como a lesão endotelial. O incremento significativo da atividade da glutationa peroxidase (GPx) foi verificado no grupo que consumiu os probióticos em detrimento do que consumiu apenas a dieta. Isso não foi verificado com a superóxido dismutase (SOD)19.
Indivíduos em provável imunossenescência sofreram interferência positiva na atividade de células natural killer (NK)16. É sugerido um papel modulador do probiótico e do prebiótico estudados nos linfócitos Th1 e Th2, auxiliando aqueles com baixa ativação de Th1 e diminuindo a hiperativação de Th2 em doenças atópicas15.
Os estudos reportaram doses entre 109 e 112 × 109 UFC/dia. A maior dose demonstrou, em 6 semanas, vários efeitos benéficos sem a observância de alterações clínicas adversas, sugerindo o uso seguro para maiores doses23.
Para propiciar benefícios ao hospedeiro, os probióticos devem ter capacidade de aderir à mucosa intestinal, sobrepondo as barreiras impostas pelo trato gastrintestinal, principalmente o pH gástrico, os sais biliares e as enzimas pancreáticas34. Nessa perspectiva, alguns estudos avaliaram a presença dos microrganismos no intestino14,15,23,25.
Os efeitos evidenciados pelos probióticos são caracterizados como cepa-dependente35, indicando que a generalização dos benefícios dessa suplementação com probióticos deve ser feita com cautela. Assim, a combinação de diferentes cepas parece propiciar melhores resultados23.
Possíveis mecanismos podem atuar de forma sinérgica em favor da melhora do perfil lipídico. A produção de hidrolases de sais biliares por vários gêneros resulta em desconjugação dos sais biliares, em menor capacidade de absorção para recirculação entero-hepática e maior excreção, em requerimento aumentado do colesterol para síntese de novas moléculas a fim de repor a perda. A desconjugação também altera a capacidade de solubilização do colesterol, reduzindo a absorção. Além disso, ocorre incorporação do colesterol nas membranas celulares durante o crescimento dos microrganismos. A inibição da síntese hepática do colesterol e ácidos graxos através da produção de ácidos graxos de cadeia curta é outro fator descrito na literatura11,36.
O panorama indica capacidade limitada de redução dos lipídios séricos em comparação ao tratamento com estatinas37. Entretanto, os probióticos propiciam diversos benefícios, além dos supracitados neste estudo, interagindo de maneira direta e indireta, possivelmente promovendo resultados com maior magnitude em condições metabólicas e qualidade de vida em longo prazo34,35,36. A divergência entre os estudos pode ser oriunda da especificidade e combinação das cepas utilizadas, da dose administrada, da duração do estudo, além de outras variáveis intervenientes.
Conclusão
As evidências científicas indicam relação da MI com vários marcadores relacionados à saúde. A modulação da MI com probióticos tem apresentado resultados promissores. A maioria dos ensaios clínicos analisados demonstrou influência benéfica no perfil lipídico através do tratamento com probióticos. Além disso, também foram observadas melhoras no perfil inflamatório, controle glicêmico, massa corporal e marcadores imunológicos, considerados fatores de risco para o desenvolvimento de DCV.
O presente estudo indica a suplementação de probióticos, previamente investigados em estudos bem controlados, como coadjuvante no tratamento tradicional das dislipidemias. Sugere-se a realização de estudos futuros com a finalidade de esclarecer os efeitos de longo prazo, assim como a influência dos probióticos em associação com o tratamento medicamentoso.
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Como citar: Gadelha CJMU, Bezerra AN. Efeitos dos probióticos no perfil lipídico: revisão sistemática. J Vasc Bras. 2019;18:e20180124. https://doi.org/10.1590/1677-5449.180124
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Fonte de financiamento: Nenhuma.
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O estudo foi realizado na Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (FAMETRO), Fortaleza, CE, Brasil.
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Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
15 Ago 2019 -
Data do Fascículo
2019
Histórico
-
Recebido
08 Mar 2019 -
Aceito
13 Jun 2019