Resumo
Contexto
A ecografia vascular com Doppler (EVD) evoluiu nos últimos anos devido ao aprimoramento da tecnologia de aquisição e processamento da imagem. A disponibilidade do exame, o baixo custo e a ausência de efeitos deletérios de radiação e contraste tornam este método uma excelente opção no diagnóstico da doença arterial periférica. As quebras nas cadeias de suprimentos devido à pandemia de covid-19 levaram a uma escassez global de contraste iodado, reforçando a importância de validar abordagens alternativas.
Objetivos
Utilizar a EVD na decisão entre cirurgia aberta ou endovascular para doença arterial femoropoplítea e comparar os resultados com exames de contraste iodado.
Métodos
Comparamos EVD com exames contrastados (angiotomografia e arteriografia) em relação à localização de estenoses/oclusões e indicação do tratamento cirúrgico (by-pass vs. endovascular). Em uma primeira fase, os resultados foram apenas comparados entre EVD e angiotomografia. Numa segunda fase, os resultados da EVD foram usados na triagem entre by-pass vs. endovascular), sendo comparados com angiotomografia nos casos de cirurgia aberta e comparados com a arteriografia nos casos de tratamento endovascular.
Resultados
A sensibilidade da EVD em comparação com a angiotomografia na fase 1 foi de 100% para o território da artéria femoral superficial. Ao considerar apenas a indicação de by-pass versus endovascular, os resultados mostraram 100% de concordância para a Fase 1 e 94% para a Fase 2.
Conclusões
Com a ressalva do tamanho amostral, o estudo cumpriu seu objetivo de demonstrar a confiabilidade da EVD na indicação do tratamento cirúrgico entre aberto ou endovascular.
Palavras-chave:
ecografia vascular com Doppler; doença arterial periférica; angiotomografia; endovascular; contraste iodado