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Alterações inflamatórias provocadas pelo metronidazol em feridas: estudo experimental em ratos

CONTEXTO: Cerca de 2,7% da população brasileira tem úlceras crônicas nos pés e nas pernas, porcentagem que chega a 10% nos diabéticos e que representa a segunda causa de afastamento do trabalho no Brasil. Isso demonstra a necessidade de se encontrar um produto de baixo custo que favoreça a cicatrização dessas feridas. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do metronidazol na cicatrização de feridas por segunda intenção. MÉTODOS: Utilizaram-se 80 ratos machos, em cujos dorsos se produziu uma ferida, distribuindo-se, os animais, em dois grupos de 40. Os ratos do grupo-controle tiveram suas feridas tratadas com solução de NaCl 0,9%, e os pertencentes ao grupo-experimento, com metronidazol 4%. No terceiro, sétimo, 14º e 21º dias, avaliou-se o processo cicatricial por parâmetros macroscópicos, histológicos e imunoistoquímicos. RESULTADOS: A concentração de colágeno foi maior nas cicatrizes dos animais do grupo-experimento em todos os tempos examinados. A concentração de colágeno do tipo I também foi significante no sétimo dia (p = 0,020) e no 21º dia (p = 0,016). O colágeno tipo III mostrou concentração semelhante nos tempos iniciais e apresentou-se com maior concentração no 21º dia (p = 0,005). A angiogênese, avaliada pelo anti-CD34, demonstrou maior número de vasos, no grupo-experimento, com diferença significante no terceiro dia (p < 0,001) e no 14º dia (p = 0,003). CONCLUSÃO: O metronidazol contribui para a cicatrização de feridas por segunda intenção, estimulando a produção de colágeno e a angiogênese.

Cicatrização de feridas; metronidazol; neovascularização fisiológica; colágeno; ratos


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