Resumo
Contexto
A preservação de uma artéria ilíaca interna continua a ser um desafio terapêutico nos pacientes com aneurismas aorto-ilíacos submetidos tanto ao tratamento endovascular quanto a cirurgia aberta.
Objetivos
Determinar os resultados da sobrevida e desfechos clínicos em pacientes com aneurismas aorto-ilíacos (AAIA) que recebem reparo endovascular (EV) ou cirúrgico aberto (CA).
Métodos
Este foi um estudo de coorte consecutivo e retrospectivo de pacientes com AAIA submetidos a reparo EV ou CA.
Resultados
Houve maior tempo de internação pós-procedimento e permanência na unidade de terapia intensiva no grupo CA comparado com o grupo EV (7,08±3,5 dias vs. 3,32±2,3 dias; p = 0,03; 3,35±2,2 dias vs. 1,2±0,8 dias; p = 0,02, respectivamente). Houve dois casos de isquemia intestinal (4,7%; CA 8,3% e EV 3,2%; p = 0,48), dois casos de claudicação das nádegas (4,7%; CA 8,3% e EV 3,2%; p = 0,48) e um caso de disfunção sexual (2,3% CA), todos em pacientes com oclusão bilateral da artéria ilíaca interna (AII) (cinco pacientes, 11,6%; p = 0,035). A sobrevida global aos 720 dias foi de 80,6% no grupo EV e de 66,7% no grupo CA (p = 0,58).
Conclusões
No presente estudo, o EV e o CA para aneurismas aorto-ilíacos apresentaram sobrevida e desfechos clínicos semelhantes. A preservação de pelo menos uma AII está associada a bons resultados e sem complicações adicionais.
Palavras-chave:
cirurgia endovascular; aneurisma aorto-ilíaco; artéria ilíaca interna; cirurgia aberta