Resumo
Desde que a pandemia pelo novo coronavírus se estabeleceu na Espanha, em março de 2020, um aumento notável da incidência de isquemia aguda de membros foi observado. Recentemente, descobriu-se que o coronavírus 2 causador da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2) pode ocasionar isquemia aguda de membros secundária à trombose arterial. A elevação do D-dímero em pacientes acometidos pela doença do novo coronavírus (COVID-19) indica o estado de hipercoagulabilidade como causa da trombose arterial aguda. Vale destacar que a alta elevação do D-dímero foi relatada como um fator de prognóstico reservado na COVID-19. Há diversas maneiras pelas quais o SARS-CoV-2 pode resultar em trombose arterial. Em pacientes com COVID-19, a revascularização cirúrgica para isquemia aguda de membros está associada a desfechos desfavoráveis, provavelmente relacionados a hipercoagulabilidade. Descrevemos dois casos de isquemia aguda de membros de pacientes que necessitaram de tratamento cirúrgico de urgência para salvamento de membro e que haviam testado positivo para COVID-19.
Palavras-chave:
COVID-19; isquemia; trombose