Resumo
Contexto
As variações no padrão arterial dos membros superiores são comuns e, assim, necessitam de total familiaridade para que os procedimentos cirúrgicos e de intervenção sejam bem-sucedidos. A variância na árvore vascular pode envolver qualquer parte da artéria axial dos membros superiores, incluindo a artéria axilar, a artéria braquial ou os seus ramos, na forma das artérias radial e ulnar, as quais, em algum momento, suprem as mãos através dos arcos anastomosados.
Objetivos
Avaliar as peculiaridades do padrão arterial dos membros superiores e correlacioná-las ao desenvolvimento embriológico.
Métodos
Foram examinados os ramos arteriais completos de 42 membros superiores de cadáveres adultos conservados em formalina, os quais eram rotineiramente dissecados para fins educacionais durante 3 anos no Departamento de Anatomia Lady Hardinge Medical College, Nova Delhi.
Resultados
O estudo apresentou cinco desfechos. 1. Foi constatado um caso em que um tronco comum surgiu da terceira parte da artéria axilar que imediatamente se disseminou em quatro ramos (2,4%). 2. Houve divisão maior da artéria braquial em artérias ulnar e radial em três casos (7,1%). 3. Em um caso, ocorreu pentafurcação da artéria braquial em ulnar, interóssea, radial, radial recorrente e de um galho muscular em braquiorradial (2,4%). 4. Foi constatado arco palmar superficial incompleto em três dos 42 casos (7,1%). 5. Foi observada a presença da artéria mediana em 2 dos 42 casos (4,8%).
Conclusões
Este estudo compreende o padrão arterial do membro superior e identifica os diversos padrões anômalos para agregar ao arsenal terapêutico de cirurgiões para diversos procedimentos cirúrgicos, com o objetivo de combater quaisquer complicações ou falhas de cirurgias reconstrutivas, de angiografias de cirurgias de revascularização e muitas outras.
Palavras-chave:
artéria axilar; artéria braquial; cirurgia reconstrutiva; angiografia; cirurgia de revascularização miocárdica com enxerto