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“FIZ DE MINHA VONTADE DE SAÚDE, DE VIDA, MINHA FILOSOFIA...”. NIETZSCHE E O PROBLEMA DA MEDICINA EM “ECCE HOMO”* * Tradução brasileira da conferência intitulada “‘Je fis de ma volonté de santé, de vie, ma philosophie…’ Nietzsche et le problème de la médecine dans Ecce homo”, apresentada no IX Congresso Internacional do GIRN (Groupe International de Recherches sur Nietzsche), na Universidade da Basileia, em 21 de junho de 2016.

RESUMO

Em “Ecce Homo”, Nietzsche apresenta-se ao mesmo tempo como terapeuta e enfermo. Se nos seus escritos ele concebe o filósofo como médico da cultura, nesse livro é também como paciente que comparece. Compreender as razões que o levaram a proceder dessa maneira em “Ecce Homo”, é o problema que presidirá este trabalho. Tomando como ponto de partida a análise dos primeiros capítulos do livro, contamos de início esclarecer a dupla condição de seu autor: a de terapeuta e enfermo, explorando em particular sua ideia de se tomar em mãos. Examinando o último capítulo à luz dessas análises, estaremos então em condições de nos perguntar sobre o que permite a Nietzsche passar da condição de médico de si mesmo à de médico da cultura. Esperamos elucidar desse modo a relação intrínseca que ele afirma existir entre suas concepções de filosofia e vida.

Palavras-chave
Nietzsche; medicina; cultura; transvaloração; filosofia; vida

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