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La philosophie comme méthodologie: la conception sceptico-rationaliste de la raison Chez Bayle

Bayle é frequentemente considerado um cético, mas sua concepção da razão nem sempre é clara. O que é, ao contrário, claro, é que ele manifesta uma profunda desconfiança no que concerne a capacidade da razão de produzir um conhecimento certo. Entretanto, uma nova concepção de Bayle como « racionalista estratoniciano » foi desenvolvida por Gianluca Mori, que oferece uma descrição detalhada de Bayle como um filósofo crítico desejoso de explicar todas as posições possíveis em sua complexidade e de tirar todas as consequencias dos argumentos invocados ao serviço de princípios chamados « estratonicianos ». Esta concepção de Bayle como racionalista crítico estratoniciano torna possível uma interpretação de Bayle menos como um « super cético » à maneira de Richard Popkin do que como alguém que permite a razão operar de forma mais ampla e com mais autoridade do que permitiria um ceticismo. Mori afirma que a concepção bayleana da razão é bem forte. Para ele a razão pode chegar até o fim, com autoridade absoluta, e retirar conclusões. Eu mantenho que a concepção de Bayle da natureza e da função da razão se situa entre o racionalismo estratoniciano de Mori e a interpretação « supercética » de Popkin. Como Mori, penso que se trata de um racionalismo « crítico », mas contra ele penso que a razão mesma define e recomenda os seus próprios limites. Chamo esta concepção da razão de « cético-racionalista » e, seguindo Bayle, sugiro como o « bom senso » (que faz parte da razão) ajuda a definir estes limites.

racionalismo cético; racionalismo estratoniciano; retorsão


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