RESUMO
Este trabalho discute o status crítico-sistemático da argumentação kantiana no manuscrito intitulado Opus postumum. A primeira seção apresenta os elementos que compõem o rigor conceitual de Kant em sua metodologia de redação e contrasta esses elementos com a estrutura argumentativa do Opus postumum. A segunda seção considera a condição história do manuscrito quanto às suas ordenação e presença/ausência de elementos probatórios. A terceira seção pondera a situação filosófica do Opus postumum no que diz respeito à sua contextualização (pós)crítica. A conclusão apresentada é a de que a limitação probatória e a condição histórica do manuscrito do Opus postumum determinam a sua natureza filosófica: ele sempre será passível de uma interpretação de necessidade transcendental condicionada pela contingência empírica.
Palavras-chave
filosofia crítica; idealismo alemão; conhecimento a priori; argumentação transcendental; estruturação argumentativa