Acessibilidade / Reportar erro

BIOPOLÍTICA E AGONÍSTICA: DE FOUCAULT A NEGRI E HARDT

RESUMO

O artigo reconstrói a discussão acerca da biopolítica nos pensamentos de Foucault e de Negri e Hardt, a fim de ressaltar a importância que pode adquirir, nesse contexto, a noção de agonística. De início, abordamos de maneira introdutória os conceitos de biopolítica e governamentalidade em Foucault, bem como sua relação com o liberalismo e o neoliberalismo. Também examinamos as ambiguidades que marcam as práticas de liberdade e as possibilidades de resistência em um mundo governado pelo biopoder. Em seguida, explicitamos o sentido dos conceitos de capitalismo cognitivo, Império e multidão nos trabalhos de Negri e Hardt. Nesse ponto, procuramos preencher uma lacuna de suas análises, que não se encontra em Foucault, relativa à questão da agonística: a disposição para a luta da multidão se intensifica à medida que se percebe que a própria vida é agon. Por fim, argumentamos que, em princípio, é possível, no ambiente de trabalho neoliberal, converter processos de empresariamento-de-si em microexperimentos de resistência e liberdade não alienada.

Palavras-chave:
Governo; Império; Liberdade; Multidão; Neoliberalismo

Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG Av. Antônio Carlos, 6627 Campus Pampulha, CEP: 31270-301 Belo Horizonte MG - Brasil, Tel: (31) 3409-5025, Fax: (31) 3409-5041 - Belo Horizonte - MG - Brazil
E-mail: kriterion@fafich.ufmg.br