A escrita é um componente fundamental de todas as formações do ensino superior; ela é solicitada em todos os dispositivos cujos objetivos se declinam em termos de ensino, de aprendizagens e de formação, desde o primeiro ano da universidade até o doutorado. No nível de mestrado, estudantes e professores são confrontados com uma nova dimensão da escrita universitária: a produção de conhecimentos científicos, a inserção num campo de pesquisa. A dissertação de mestrado apresenta, assim, para os estudantes uma novidade relativamente à escrita que eles praticaram anteriormente, novas dificuldades ligadas às dimensões específicas da escrita de pesquisa em formação, e para os professores, o acompanhamento desses novos escritos diz respeito a expectativas específicas, fortemente ligadas às diferentes epistemologias disciplinares. Este artigo visará a compreender as apostas desses escritos na formação universitária e o modo como professores e estudantes as apreendem.
Letramento universitário; Didáticas; Disciplinas; Currículo