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O IMAGINÁRIO SOBRE O OUTRO NOS ATOS INSTITUCIONAIS DO ESTADO MILITAR BRASILEIRO* * Estudo orientado pela profa. Dra. Alejandra Vitale, do Instituto de Linguística da Universidade de Buenos Aires (UBA), com financiamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) - Programa de Doutorado Sanduíche no Exterior (PDSE), junto ao Programa de Pós-Graduação em Linguística e Literatura da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

The Imaginary about the Other in the Institutional Acts of the Brazilian Military State

El imaginario sobre el otro en los actos institucionales del estado militar brasileño

Resumo

Neste texto, busca-se compreender o funcionamento da representação discursiva do outro como comunista às vésperas do golpe de 1964 e sua reprodução nos cinco primeiros anos do período militar. Ancorado na Análise de Discurso pecheutiana, o gesto de interpretação se deu a partir de categorias como formação imaginária, memória discursiva e formação discursiva. O corpus de análise consistiu de dez sequências discursivas retiradas dos dezessete Atos Institucionais (AIs) publicados nesses anos. Observou-se nessas sequências que a imagem do outro como comunista constitui-se de uma rede de sentidos que, alimentada desde o começo do século XX, é ressignificada segundo interesses da classe hegemônica e atualizada em cada Ato Institucional à medida que aumentava a repressão estatal.

Palavras-chave:
Formação imaginária; Outrem; Regime militar

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