Resumo
Neste artigo, discutimos sobre como os rastros da Ditadura Militar ainda produzem efeitos, especialmente nas políticas educacionais e discursos sobre sexualidade. A partir da instalação tardia da Comissão Nacional da Verdade e da ausência de responsabilização pelos crimes do regime, é reproduzida a força do autoritarismo remanescente. O artigo aborda o discurso de Jair Bolsonaro durante o impeachment de Dilma Rousseff, onde evocou “a inocência das crianças” como justificativa moral, e sua repercussão em políticas antidemocráticas como Escola Sem Partido. A análise da live de Bolsonaro com uma criança mostra como ambiguidades discursivas expõem menores à sexualização simbólica. Com base em teóricos como Pêcheux, Orlandi e Althusser, o texto denuncia como a escola é instrumentalizada pela ideologia dominante.
Palavras-chave:
Discurso da extrema direita; Escola; Sexualidade; Estado