Resumo
Este artigo é um convite para refletir sobre a ultra-direita além da autocomplacência. Os autores desafiam a percepção convencional da ultra-direita como algo completamente separado da política e da sociedade dominante, argumentando que há uma sobreposição substancial, especialmente em termos de patriarcado, racismo e neoliberalismo. No entanto, a direita inova e evolui, sendo essencial compreender essas mudanças. A segunda seção do artigo argumenta que algumas das formas mais avançadas de ativismo de direita estão atualmente emergindo no Sul Global. A liderança do presidente argentino Javier Milei é um caso notável, pois combina a interseccionalidade de direita (Ravecca et al., 2022a; 2022b), uma versão conservadora da crítica à captura das elites (O. Táíwò, 2022) e a dimensão teológica do neoliberalismo (Kotsko, 2018). A conclusão retorna à ideia de que, em múltiplos níveis significativos, não existe uma exterioridade pura entre a ultra-direita e o restante de nós. Mesmo a “nova” retórica de Milei radicaliza tendências já presentes nos principais corredores da política e da academia.
Palavras-chave:
Teoria Crítica; Javier Milei; Neoliberalismo; Interseccionalidade de Direita; Autocomplacência
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Source: X (2022). Available at:
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