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Atualidade da crítica de Machado de Assis* * CORREIA, Marlene de Castro. Littera: Revista para Professor de Português e de Literaturas de Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Grifo, ano 1, n. 2, p. 3-21, maio-ago. 1971.

The currency of Machado de Assis's criticism

Resumo

O exercício da crítica é difícil para Machado de Assis não por razões pessoais (sua notória timidez, ou aversão à controvérsia); nem por razões contextuais (a pobreza da produção literária brasileira em sua época) – como vem sendo proposto por analistas de diferentes gerações. É difícil porque é praticamente impossível conciliar a urbanidade que Machado se impunha como crítico (tal como declara em "O ideal do crítico", 1865) e a ironia e o humor que se tornariam a marca de sua maneira estética. Porém, a escassez das peças machadianas daquilo que a professora Castro Correia chama de "crítica pura" é compensada pela crítica literária que Machado faz dentro de sua ficção. A crítica "impura" (nos termos de Castro Correia, a que ele realiza não em artigos, mas em seus contos e romances) fustiga acima de tudo o lugar-comum, a prosa bombástica, amaneirada, pedante.

crítica; conto; romance; estética; metaficção

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