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Morte e pessoa entre os kaxinawá

Este artigo apresenta uma etnografia do pensamento e das práticas relativos à morte, ao processo de morrer e à condição de pessoa entre os Kaxinawá (Huni Kuin) da Amazônia Ocidental (Brasil e Peru Oriental). Articula o simbolismo de gênero, resultante das práticas cotidianas, com a forma das relações sociais estabelecidas entre a pessoa agonizante e os espíritos terrestres, aquáticos e celestiais em cada etapa do processo de morrer. A etnografia visa fornecer um contraponto crítico ao modelo que trata dessas mesmas relações e de seus processos, conhecido nos estudos americanistas como "economia simbólica da predação", no qual a "troca" funciona ao mesmo tempo como processo básico e como metáfora. O artigo sugere que uma análise da morte entre os Kaxinawá deve enfatizar o ciclo inteiro da produção consumptiva e não apenas o simbolismo da predação e da troca.


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