Resumo
O objetivo do artigo foi investigar os paradigmas, os significados e as formas de abordar a loucura que caracterizaram o modo de pensar contemporâneo em termos de exclusão, inclusão e "inclusão exclusiva". Para tanto, foi utilizada uma análise documental de pesquisas pertencentes a diferentes áreas do conhecimento, como sociologia, antropologia, história ou psiquiatria. Concluiu-se que a noção de "louco" transitou na contemporaneidade a partir dos tiques modernistas na chave da exclusão, focados no confinamento, na vigilância, na correção e na punição da loucura, passando pelas novas coordenadas inclusivas pós-modernas, incorporadas por correntes como a "antipsiquiatria" inglesa mais underground, ou os cuidados reformistas italianos da "psiquiatria democrática", para terminar sendo repensada no meio do caminho entre um rearmamento neokraepeliano, que exige seu status positivo, e uma "nova antipsiquiatria" que evidencia sua natureza social.
Palavras-chave:
Doença mental; Antipsiquiatria; Psiquiatria democrática; Desmanicomialização; Rearmamento neokraepeliano