Resumo
As familias "que dependem de um discurso" (Galvin 2006), como as adotantes, são conformadas por quatro práticas: nomear (nomear membros da família, dando-lhes um lugar nela), conversar (falar sobre a situação da família), narrar (desenvolver uma história da adoção para as crianças) e ritualizar (reconheçer a adoção com celebrações e atividades diárias). Neste artigo, analisamos as três primeiras práticas em famílias adotivas monoparentais espanholas e chilenas. Entre os resultados mais destacados, mostram-se nestas configurações adotivas atitudes e práticas de abertura comunicativa em que os pais adotantes contam aos seus filhos desde o início as circunstâncias da sua adoção, falam das suas mães e pais biológicos, fazendo esforços para desculpabilizá-los e criar empatia com eles, inclusive integrando-os como parte de suas familias extensa a partir de uma perspectiva de pluriparentalidade.
Palavras-chave:
Adoção; Monoparentalidade; Abertura; Origens; Práticas familiares